"QUASE" E "SE" SÃO DUAS palavras pequenas mas poderosas. Podem nos aprisionar em um novelo embaraçado de eventos e não eventos que de uma forma ou de outra, para o bem ou para o mal, nos deixam a um eterno remoer e lamentar por coisas que foram "quase" e por coisas que poderiam ser outras se apenas se.
Quase o carro capota. Quase eu consigo a vaga. Quase o meu candidato ganha. Quase o tijolo caiu na minha cabeça. Quase consegui chegar em primeiro. Quase falei o que não devia. Quase acertei na Mega-Sena. Quase caio no buraco. Quase perdi o horário. Quase faço uma loucura.
O quase pode nos ser lamento por nos deixar a um fio daquilo que queríamos ou alívio e regozijo por nos deixar a um fio daquilo que poderia nos prejudicar.
O "SE" pode ser ainda mais perturbador. Quantas vezes paramos para pensar nos "se" das nossas vidas?
E se eu tivesse me casado com Regina e não com Patrícia? E se naquele dia eu não tivesse saído de casa? E se eu tivesse chegado mais cedo ou mais tarde? E se eu tivesse estudado mais? E se eu não tivesse ido? E se eu tivesse desistido antes de perder tanta coisa? E se eu não tivesse desistido antes de tentar de tudo? E se eu não publicar este texto?
Tendemos a ver a vida como uma possibilidade aberta de eventos que poderiam dar em um lugar ou em outro conforme nossa livre vontade e livre ação, mas e se na verdade, tudo o que fazemos e não fazemos, todos os nossos quase e se, forem determinados pela física e pelos nossos condicionamentos ao escolher uma coisa e não outra? E se onde estamos agora é onde teríamos que estar de qualquer forma e necessariamente, diferente não poderia ser?
Pensar demais nesses possíveis acasos e determinismos, podem nos deixar de cabeça tonta... Seja como for, O QUASE E O SE nos afetam de forma indelével, mas sempre podemos escolher livremente (podemos?) cantar junto com o Pagodinho: "Deixa a vida me levar..."
Mas é a vida que nos leva ou nós que levamos a vida? O que será que será?
Em nossas vidas sempre aparecem os SES e os QUASES... Se pensarmos muito, piraremos,rs...abraços,chica
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ResponderExcluirOlá, Eduardo!
ExcluirSE eu não tivesse me juntado à família no Natal, QUASE cairia numa desolação...
Tenha uma Oitava de Natal abençoada!
Abraços fraternos
AH!!! O "quase" é mesmo tramado e deixa-nos à porta de muitas realizações!
ResponderExcluirBeijos e Abraços,
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Gostei imenso que abordasse está questão!
ResponderExcluirAcho que a conjugação "se" e o advérbio "quase", comandam a vida..
Beijinho, Edu. 😘
Pode parecer um comentário idiota, mas é nessas horas que eu invejo os grandes mamíferos: eles não tem dúvidas dessa natureza. "se" e "quase" provavelmente não fazem parte de sua comunicação com os semelhantes. E, mais importante, não sabem que irão morrer um dia (assim imagino).
ResponderExcluirNão ter consciência da própria finitude é uma benção que nós foi negada.
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