Clube de Detetives Pão de Queijo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

VOCÊ NÃO CONTROLA SUA VIDA

 



                   É VÃ NOSSAS CERTEZAS. 

É vã acharmos que controlamos 

O rumo 

               de 

                      nossas  

                                vidas... 

Ei, vida, tá indo pra ONDE?


                   Não sabemos se vamos chegar no mercado, 

              Ou se vamos trilhar aquela trilha combinada para as próximas férias.

Se vamos subir na escada e de  lá de

                                                  cima não 

                                                                  cair... 

Não sabemos se o trajeto nos levará ao destino querido

só nos resta 

                  caminhar...

                                     caminhar...

                                                     caminhar... 

                                                  Ai, meu pé!

                                                      Ah, Drummond, olha essa pedra no meio do caminho!


Eu planejo.

Tu planejas.

Ela planejará. 

Se vai sair conforme o previsto

Não há nenhuma 

Certeza nisso

Só resta FAZER e se EMPENHAR e

                                esperar ...

                                             esperar ....

                                                       esperar...

.

Ah, TOQUINHO

deixa-me usar um pedacinho

                 Da sua aquarela

Porque eu também sei

que 

            O futuro é uma astronave

                        que tentamos pilotar...   

                                                     TURBULÊNCIA! TURBULÊNCIA! APENTEM OS CINTOS!


O Piloto continua em sua cadeira

Mas se o pouso será suave

É sempre uma questão de espera.

                                        

EI, FUTURO! Mostra-me tua cara!

DIGA-ME, suplico, qual é a minha quimera 

Que eu reputo ser CERTEZA?


Vai, Futuro, põe as cartas na mesa.


* * * * * 

Eduardo Medeiros,

Aos dois dia de dezembro, outono de 2024.


10 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Ficou bem legal, um lance de poesia concreta, quando a forma de apresentação é também uma expressão poética.

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    2. Acho que é. Gosto de brincar assim com as palavras e seus significados. Deve ser minha vã tentativa de ser poeta.

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  2. Muito linda a poesia e formatação dela! Realmente, planejamos, esperamos ver tudo concretizar, mas nem sempre assim acontece.... ADOREI! abraços, chica

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  3. Grande verdade, não controlamos a nossa vida.
    Agora planeamos uma coisa e logo a seguir pode
    sair completamente diferente.
    O seu poema dá-nos essa perspectiva de forma
    bem explícita.
    Abraço
    Olinda

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  4. Bom dia de Paz, Eduardo!
    Foi um dos textos mais bem pensado e estruturado que tenho lido.
    Muito atual, reafirmado numa estrutura poética diferenciada.
    Várias verdades numa só:
    Estamos muitos suplicando ao Piloto uma única certeza que está difícil de se ter na atualidade.
    Gostei muito.
    Junto-ne à sua súplica à espera das cartas na mesa.
    Alguns no mundo têm cartas na manga e nem sabemos (não de todas).
    Tenha um Dezembro abençoado!
    Aproveito a oportunidade para lhe trazer um convite.
    Creio que muitos nos agregará, se desejar:
    https://www.idade-espiritual.com.br/2024/12/advento-e-convite.html
    Abraços fraternos

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  5. Si pilotamos bien nuestras vidas, si somos honestos y ponemos las cartas sobre la mesa, todo será distinto, mejoraremos y la vida tomará un nuevo sentido
    Me ha gustado muchisimo leerte
    Un abrazo

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  6. Olá grande Eduardo!

    A vida é mesmo assim. Bem que podemos fazer todos os planos e mais alguns, mas irão haver sempre imprevistos. E temos que estar preparados para isso!

    Um poema elaborado de uma forma muito criativa que merece uma salva de palmas! 👏👏

    Abraços e uma ótima semana para si!

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  7. Que lindo Dudualdo!
    Mas a coisa é mais embaixo. Eu sei que você está falando do imponderável, mas a gente não controla a nossa vida mesmo!
    A gente é um tipo de escravo moderno. Nós somos forçados a trabalhar. Não adianta, temos que comprar comida, roupas, carro, bicicleta ou chinelos. Temos que pagar impostos! IPTU, IPVA, PIS, COFINS, IR, INSS e somos obrigados a fazer isso! Nós não queremos, mas eles mandam nas nossas vidas.
    Temos que cuidas da casa, dos filhos, das amizades dos filhos, do tipo de filme, de jogo, de celular que eles estão absorvendo. Nós não somos livres!
    Temos que comer: Arroz, feijão, carne bovina, suina e frango, às vezes um peixe. Cenoura, batata, batata doce, abobora, pimentão e brocolis. As vezes uma beterraba. Pão, macarrão e os ultra processados.
    De frutas, fomos reduzidos à banana, laranja e maçã. Não somos mais como os caçadores coletores que comiam uma vastissima quantidade de coisas diferentes. O alimento do mundo se resume a isso que falei. Esqueci de milho e mandioca.
    Nós nçao mandamos nem na nossa alimentação! é o que temos... e pr'aqueles que recebem cesta básica, nem essa variedade existe.
    Nós não mandamos em nada!
    Acordamos na hora que o patrão necessita que acordemos e dormimos quando ele manda! Nós temos que render, temos que cumprir metas, temos que dar lucro.
    Nós não mandamos em nada!
    E por último, vem o imponderável que você com tanta beleza, descreveu acima.
    Isso somos nós...

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    1. É verdade. vivemos em um sistema e temos que lidar com o que o sistema nos impõe. Sim, eu estou falando de uma questão ainda maior, do desconhecido, do futuro que nos espera, daquela coisa daqui a um minuto que você não sabe se vai ser isto ou aquilo.
      Ou seja, seja no nível mais básico ao nível mais elevado, somos seres condicionados pelas circunstâncias.

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VOCÊ NÃO CONTROLA SUA VIDA

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