É VÃ NOSSAS CERTEZAS.
É vã acharmos que controlamos
O rumo
de
nossas
vidas...
Ei, vida, tá indo pra ONDE?
Não sabemos se vamos chegar no mercado,
Ou se vamos trilhar aquela trilha combinada para as próximas férias.
Se vamos subir na escada e de lá de
cima não
cair...
Não sabemos se o trajeto nos levará ao destino querido
só nos resta
caminhar...
caminhar...
caminhar...
Ai, meu pé!
Ah, Drummond, olha essa pedra no meio do caminho!
Eu planejo.
Tu planejas.
Ela planejará.
Se vai sair conforme o previsto
Não há nenhuma
Certeza nisso
Só resta FAZER e se EMPENHAR e
esperar ...
esperar ....
esperar...
.
Ah, TOQUINHO
deixa-me usar um pedacinho
Da sua aquarela
Porque eu também sei
que
O futuro é uma astronave
que tentamos pilotar...
TURBULÊNCIA! TURBULÊNCIA! APENTEM OS CINTOS!
O Piloto continua em sua cadeira
Mas se o pouso será suave
É sempre uma questão de espera.
EI, FUTURO! Mostra-me tua cara!
DIGA-ME, suplico, qual é a minha quimera
Que eu reputo ser CERTEZA?
Vai, Futuro, põe as cartas na mesa.
* * * * *
Eduardo Medeiros,
Aos dois dia de dezembro, outono de 2024.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFicou bem legal, um lance de poesia concreta, quando a forma de apresentação é também uma expressão poética.
ExcluirAcho que é. Gosto de brincar assim com as palavras e seus significados. Deve ser minha vã tentativa de ser poeta.
ExcluirMuito linda a poesia e formatação dela! Realmente, planejamos, esperamos ver tudo concretizar, mas nem sempre assim acontece.... ADOREI! abraços, chica
ResponderExcluirGrande verdade, não controlamos a nossa vida.
ResponderExcluirAgora planeamos uma coisa e logo a seguir pode
sair completamente diferente.
O seu poema dá-nos essa perspectiva de forma
bem explícita.
Abraço
Olinda
Bom dia de Paz, Eduardo!
ResponderExcluirFoi um dos textos mais bem pensado e estruturado que tenho lido.
Muito atual, reafirmado numa estrutura poética diferenciada.
Várias verdades numa só:
Estamos muitos suplicando ao Piloto uma única certeza que está difícil de se ter na atualidade.
Gostei muito.
Junto-ne à sua súplica à espera das cartas na mesa.
Alguns no mundo têm cartas na manga e nem sabemos (não de todas).
Tenha um Dezembro abençoado!
Aproveito a oportunidade para lhe trazer um convite.
Creio que muitos nos agregará, se desejar:
https://www.idade-espiritual.com.br/2024/12/advento-e-convite.html
Abraços fraternos
Si pilotamos bien nuestras vidas, si somos honestos y ponemos las cartas sobre la mesa, todo será distinto, mejoraremos y la vida tomará un nuevo sentido
ResponderExcluirMe ha gustado muchisimo leerte
Un abrazo
Olá grande Eduardo!
ResponderExcluirA vida é mesmo assim. Bem que podemos fazer todos os planos e mais alguns, mas irão haver sempre imprevistos. E temos que estar preparados para isso!
Um poema elaborado de uma forma muito criativa que merece uma salva de palmas! 👏👏
Abraços e uma ótima semana para si!
Que lindo Dudualdo!
ResponderExcluirMas a coisa é mais embaixo. Eu sei que você está falando do imponderável, mas a gente não controla a nossa vida mesmo!
A gente é um tipo de escravo moderno. Nós somos forçados a trabalhar. Não adianta, temos que comprar comida, roupas, carro, bicicleta ou chinelos. Temos que pagar impostos! IPTU, IPVA, PIS, COFINS, IR, INSS e somos obrigados a fazer isso! Nós não queremos, mas eles mandam nas nossas vidas.
Temos que cuidas da casa, dos filhos, das amizades dos filhos, do tipo de filme, de jogo, de celular que eles estão absorvendo. Nós não somos livres!
Temos que comer: Arroz, feijão, carne bovina, suina e frango, às vezes um peixe. Cenoura, batata, batata doce, abobora, pimentão e brocolis. As vezes uma beterraba. Pão, macarrão e os ultra processados.
De frutas, fomos reduzidos à banana, laranja e maçã. Não somos mais como os caçadores coletores que comiam uma vastissima quantidade de coisas diferentes. O alimento do mundo se resume a isso que falei. Esqueci de milho e mandioca.
Nós nçao mandamos nem na nossa alimentação! é o que temos... e pr'aqueles que recebem cesta básica, nem essa variedade existe.
Nós não mandamos em nada!
Acordamos na hora que o patrão necessita que acordemos e dormimos quando ele manda! Nós temos que render, temos que cumprir metas, temos que dar lucro.
Nós não mandamos em nada!
E por último, vem o imponderável que você com tanta beleza, descreveu acima.
Isso somos nós...
É verdade. vivemos em um sistema e temos que lidar com o que o sistema nos impõe. Sim, eu estou falando de uma questão ainda maior, do desconhecido, do futuro que nos espera, daquela coisa daqui a um minuto que você não sabe se vai ser isto ou aquilo.
ExcluirOu seja, seja no nível mais básico ao nível mais elevado, somos seres condicionados pelas circunstâncias.