É VÃ NOSSAS CERTEZAS.
É vã acharmos que controlamos
O rumo
de
nossas
vidas...
Ei, vida, tá indo pra ONDE?
Não sabemos se vamos chegar no mercado,
Ou se vamos trilhar aquela trilha combinada para as próximas férias.
Se vamos subir na escada e de lá de
cima não
cair...
Não sabemos se o trajeto nos levará ao destino querido
só nos resta
caminhar...
caminhar...
caminhar...
Ai, meu pé!
Ah, Drummond, olha essa pedra no meio do caminho!
Eu planejo.
Tu planejas.
Ela planejará.
Se vai sair conforme o previsto
Não há nenhuma
Certeza nisso
Só resta FAZER e se EMPENHAR e
esperar ...
esperar ....
esperar...
.
Ah, TOQUINHO
deixa-me usar um pedacinho
Da sua aquarela
Porque eu também sei
que
O futuro é uma astronave
que tentamos pilotar...
TURBULÊNCIA! TURBULÊNCIA! APENTEM OS CINTOS!
O Piloto continua em sua cadeira
Mas se o pouso será suave
É sempre uma questão de espera.
EI, FUTURO! Mostra-me tua cara!
DIGA-ME, suplico, qual é a minha quimera
Que eu reputo ser CERTEZA?
Vai, Futuro, põe as cartas na mesa.
* * * * *
Eduardo Medeiros,
Aos dois dia de dezembro, outono de 2024.