Clube de Detetives Pão de Queijo

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Bienal dos Quase 60

 



Este ano está rolando por aqui a famosa Feira Internacional do Livro do Rio de Janeiro, maior evento literário da América Latina. O evento acontece um ano aqui e outro em São Paulo.  A primeira edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro ocorreu em 1983, nos salões do Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul da cidade. Participaram naquela ocasião 86 editoras que ocuparam 1400 metros quadrados. Em dez dias de evento, cerca de 20 mil pessoas visitaram a feira que movimentou na moeda da época - o tal do Cruzado, de péssima lembrança -  45 milhões, sendo vendidos 25 mil livros.

Destaque da programação foi o lançamento do livro "Quinze Contos" do ex-presidente Jânio Quadros e uma homenagem ao cinquentenário de "Casa-Grande & Senzala", de Gilberto Freyre.



Alguém aí já leu os contos do Jânio? Eu nem sabia que ele tinha escrito contos! 

Também teve destaque a encenação da peça infantil "A Bela Borboleta" de Ziraldo e ainda o seminário "O Livro no País".

Em 1987 o evento passou a se chamar Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e se transferiu para o Riocentro, o maior centro de eventos do rio.  E a Bienal cresceu a cada edição. Na atual, a feira ocupa os incríveis 120 mil metros quadrados e estima-se que 600 mil pessoas passam por lá este ano.

Eu frequento a Bienal desde os anos 90. Era para mim e alguns amigos, o grande programa do ano. A última que eu tinha ido, porém, foi em 2013, quando o Eduardinho tinha apenas 2 anos e claro, foi com a gente. Vê aí algumas fotinhas.









Claro que comprei uma infinidade de livros infantis de todo tipo para ele. Minha maior missão naqueles tempos era fazer dele um leitor quando crescesse - e funcionou.

Depois dessa, só agora voltei à Bienal. E no dia que eu fui - no sábado - estava uma loucura! Era uma multidão disputando espaço para andar entre as editoras, para entrar nas lojas, para pagar e sair das lojas. Sem nenhum exagero, chegamos lá por volta das 11 da manhã e fomos embora às 9 da noite, e talvez tenhamos "perdido" quase 3 horas em filas. AJA PERNA!!! 

Mas valeu o cansaço, o tumulto. Dava para encontrar livros com até 50% de desconto sobre o preço normal. Não deu pra comprar muita coisa - a maioria, claro, foram livros do Eduardinho - pois o tempo gasto nas lojas realmente cansava mas tudo bem, o passeio, a energia do lugar, tudo compensa.

E lá não tem nenhum problema se largar e sentar (e até deitar) em algum cantinho com risco de levar alguma pisada para descansar, beber uma água, repor as energias. Em uma dessas paradas, encontramos duas famílias que tinham vindo de Brasília e do Mato Grosso. A mãe brasiliense tinha trazido a filha que enquanto levava horas dentro das lojas, descansava com o marido no chão. "Isso foi um golpe da minha filha", reclamava ela...a outra mãe veio cumprir o desejo da filha que fizera 15 anos que tinha pedido como presente visitar a Bienal do livro. E lá estava ela também largada no chão, tomando uma aspirina, enquanto a filha curtia seu presente.

Também tem umas fotinhas e um videozinho.







Parar pra tirar foto era se arriscar a ser atropelado também...



Eduardinho sempre fugindo das minhas gravações...nem parece aquele menininho falante entre os 7 - 10 anos que fazia vídeos para o Youtube (outro dia eu falo disso).



E PRA FECHAR A CONTA E PASSAR A RÉGUA, tinha que ter uma piadinha dele:

- Pai, a gente devia ter  ido na segunda (hoje) quando você já fosse idoso e ia pagar meia entrada...


                                                         * * * * * * * * * ****












17 comentários:

  1. Bah, sobroou pro pai idoso,rsss... Esse Eduardinho! Que amor as fotos dele pequeninho!
    Tudo muda, agora essas Feiras são lotadas e quase somos atropelados mesmo! aavração, chica

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  2. Ouço falar de bienal desde sei lá... Sempre, e tenho muita vontade de ir, amo livros e um autor que eu gosto estava distribuindo capítulo extra do último lançamento 😫😫

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  3. Parabéns, agora o termo "senhor" não é só por formalidade. Obrigado por compartilhar esse momento. Muito bom! Muitas alegrias a você e sua família.

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  4. Olá, Eduardo!
    Pelo visto, está aniversariando...
    Se entendi bem, parabéns, novo sócio da Melhor Idade!
    A Bienal é uma loucura e, por ora, não me apetece mais.
    A família é linda unida, gostei de vê-los.
    O meninão é bem adolescente... não se liga em vídeos familiares, há que se forçar a barra um pouco, rs.
    Parabéns ao casal por darem o exemplo de formar leitores na educação do filhão!
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Abraços fraternos de paz e bem

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  5. Que ternurento , Eduardo! Um doce seu relato e seu grande amor quando falas "Eduardinho", Fiquei feliz em conhecer sua família: esposa e filho e você, bem descontraídos e amassados pela grande turba. Tenho claustrofobia, e não suporto estar rodeada por massa humana, não! Mas parabenizo você pela paciência! Gostei imenso! Abraço a todos os seus!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Caro Eduardo, excluí porque o comentário, teimoso, quis seguir sem o meu comando. E por isso, seguiu cortado, interrompido. Parecia ter sofrido um acidente. Estava estropiado. Não me restou outra alternativa. O Samu não chegou a tempo para socorrê-lo.
    Dizia que gostei de ouvir ou ler sobre a sua maratona para visitar a Feira Internacional do Livro com o garoto. Também fiz essas maratonas seguidas vezes com as duas filhas quando pequenas. Também o fiz quando estavam adultas. A diferença é que adultas elas me acompanhavam como expositor e participavam do trabalho comigo. Para a gente, a Feira começava antes das 8 da manhã e se estendia até às 22 horas.
    Guardo boas lembranças das duas épocas. Hoje visito as feiras, já não exponho, embora mantenha ainda um pouco da minha atividade de livreiro amador.
    Acho que essa experiência com os filhos é inesquecível para a gente e para eles. Volta e meia, fazemos uma viagem ao passado. É tão gratificante.
    Um grande abraço, Eduardo.

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  8. Adorei acompanhar o teu olhar sobre a Bienal! A forma como partilhas a experiência transmite tanta autenticidade e leveza. Fiquei com vontade de visitar também e viver tudo isso de perto. Obrigada por essa partilha tão rica!

    Com carinho,
    Daniela Silva
    💜 https://alma-leveblog.blogspot.com
    Convido-te a visitar o meu blog, onde partilho palavras com alma.
    ✿¸.•°”˜˜”°•.✿

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  9. Eduardo, que delícia de crônica! Fui lendo como quem caminha pelos corredores da Bienal: entre tropeços em mochilas alheias e sorrisos de encontros inesperados. A forma como você entrelaça memória afetiva, dados históricos e caos contemporâneo é quase um gênero literário próprio o “crônica-carpal-de-tanto-segurar-sacola-de-livro”.
    Adorei saber dessa sua missão com o Eduardinho e mais ainda que ela deu certo! Criança leitora é um presente para o mundo (mesmo que agora ele fuja das câmeras como uma celebridade cansada).
    E o fechamento com a piadinha dele foi ouro! A sabedoria das crianças, né? Já preveem a vantagem da velhice meia-entrada e histórias cheias pra contar.
    Obrigada por dividir essa jornada literária com a gente. Já fiquei esperando o capítulo dos vídeos do Eduardinho youtuber!

    Abraço
    Fernanda!

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  10. Olá, Edu, uma excelente postagem, na qual você fala da família, (Eduardinho), dos livros e das Bienais. Nada melhor para quem gosta de livros e da família. Quando posso acompanho a Festa Literária de Paraty, e sinto falta da presença de Antônio Cândido, nosso melhor crítico Literário.
    Uma ótima semana, com muita paz.
    Grande abraço!

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  11. Adorei as fotos! Tentei ir esse ano, mas não deu.

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  12. Oi amigo! Ahh que postagem legal, eu adooooro BIENAL mas é uma pena que temos que viajar para outro estado - Pernambuco - para conseguirmos ir. E sempre vamos hihi-.

    Há uns anos, na época que era solteira e morava com meus pais, eu e meu irmão recebíamos cinquenta reais, cada e saíamos com 5 a 6 livros, sempre esquecíamos que era para guardar um pouco para o lanche do final mas era mais emocionante gastar com livros.

    Nos últimos anos, vamos eu e meu esposo e não encontramos os estandes com livros baratinhos então voltamos para casa com 1 livro mesmo e deixamos para lanchar em casa kkkk.

    Obrigada pela postagem, adorei as fotos.
    https://jusreads.blogspot.com/

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  13. Talvez por sempre ter lido livros que não comprei (coleções da minha tia, presentes dos filhos, etc.), só fui uma única vez a uma dessas feiras, mas não comprei nada para mim. Quatro filhos para criar sempre foram meu termômetro de gastos possíveis. E eu sempre privilegiei os gastos com eles e com minha mulher (talvez eu seja apenas um pão-duro).

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  14. Olá, Edu, que bonitinho o Eduardinho criança, essa da foto 1,
    está muito fofo!
    Tua esposa, muito simpática, família bonita, Dudualdo!
    Quanto à Bienal, nada tão bom de ir! Aqui a Feira do Livro em Porto Alegre é fantástica, é na Praça da Alfandega, e já fez 70 anos! Tem a Festa Literária Internacional de Paraty, acompanho daqui... E outras pelo país, dá vontade de ir a todas!
    Livro é livro, né amigo?
    Abraços daqui pra tua linda família!

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  15. Continuo, esqueci... 😄
    escuta, chegar as 11:00 e sair às 21:00 deve ter sido bom demais!
    Eu e Pedro vamos em tudo, nada escapa, e eu adoro a infinidade de balaios (preços ótimos) quase dados. E coisa boa, viu! Já vamos com sacolas, preparados. Lanchamos na feira.
    Uma tarde sempre maravilhosa! Quando os filhos eram pequenos, iam junto, agora não aguento tanto quanto nós...Dizem que eu 'bisbilhoto' muito! E cansam...
    Abraços.

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  16. Olá grande Eduardo!

    Mas que grande aventura, hum? Fiquei abesbílico com a quantidade de pessoas no local. É um ótimo sinal!

    Estou ansioso por falar dos vídeos do YouTube do Eduardinho 😄

    Abraços! 🤗

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