VOCÊS TÃO LIGADOS nessa onda atual mas que vem de longe, de considerar animais domésticos como "Bebê". Meu bebê pra lá, meu bebê pra cá. Não sei se Freud explica mas acho que deve haver uma boa explicação psicanalista para essa dependência emocional que muita gente hoje tem com bichos e em muitos casos, em oposição ao convívio com gente. Sempre convivi e gostei de animais, principalmente cachorros. Na minha vida sempre houve um Totó em casa, desde a infância. Ah, alguém que tem "Pet Bebê" deve ficar ofendido de eu generalizar os bichos com o nome "Totó", nome genérico muito usado na antiguidade para todo tipo de cachorros. Nome de bicho hoje é outro nível. Conheci uma dona cujo nome da cachorrinha era "Stefanny" - assim mesmo, com dois enes e ipsolon no final. Chique pra caramba. No meu tempo de criança cachorro era Totó ou Rex, em sua maioria. Meu pai teve um pastor alemão misturado (vou contar sobre ele brevemente) que se chamava "Leão" e o nome condizia com o tamanho e atitudes.
Houve tempo de eu ter cinco cachorros aqui em casa. Era uma zona cachorral incrível...meu sogro, aquele que me chamava de "Edualdo" não era chegado aos bichos. Contava que um cachorro tinha lhe mordido e seu destino foi o cemitério. No caso, um rio que passava perto da casa. Falando nisso, hoje tem hotel pra Pet, plano de saúde pra Pet, cemitério pra Pet, roupas para Pet, festas de aniversário para Pet. Tem muita gente por aí querendo levar uma vida de cão...Eu brinco e dou atenção aos meus três cachorros, dois viralatas (ops, olha o politicamente correto!!!! O nome agora é Raça Não Definida) e um labrador babão mas eles não são "meus filhos", eles são meus cachorros. Aliás, não pode mais dizer "eu sou dono de cachorro", não é politicamente correto, e sim, "eu sou tutor de cachorro" - mas o cachorro tá cagando e andando se tu é dono ou tutor. Os três não se dão. Se matam em rosnadas, patadas e mordidas se ficarem juntos. Assim, um fica no quintal de baixo e os outros dois ficam na varanda de cima.
Quase não me contive quando vi na rua uma mulher levando um cachorrinho que usava sapatinhos...Ahh gente, que bonitinho...!!! Coisa nenhuma! Estão mudando a natureza canina com toda essa baboseira capitalista, no final das contas. Sim, olha quanto se gasta pra deixar o Pet bem tratado e alimentado! E como se não bastasse, dá beijo na boca do bicho e chamá-lo de "meu bebê"? Não dá, né? Desculpe-me se você é pai/mãe de Pet, não quero ofender mas talvez, já ofendendo...E pior, sempre que vejo esses Pets mais bem tratados do que muita criança pobre por aí, sempre me vêm à memória a debochada e crítica canção de Eduardo Dusek, "Rock da Cachorra" já lá nos idos de 1982.
E pro deleite de vocês, consegui tirar uma foto ruim do Simba e do Loki (olha os nomes...). Estavam ferrados no sono já que na madrugada ficam me acordando latindo pra qualquer barulho que ouvem. Não fotografei o Tor porque eu tinha que descer e procurá-lo lá no quintal e estou com preguiça. Tô pensando seriamente de trocar os três por uma tartaruga que dá menos despesas.
Ao longo da vida tive vários cães e gatos. Um chamava-se RUFIA. Morreu de velhinho. Deixou-me saudades.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Você fica aí disfarçando, mas você não é dono nem tutor, você é pai de pet!!!
ResponderExcluirTive dois cães terríveis, uma cadeia sapeca, uma gata linda e companheira, outra que era uma verdadeira princesinha, sem falar nos cães e gatos de uma outra vida com outra pessoa.
ResponderExcluirHoje não quero nem passarinho.
Mas ficam as boas lembranças.
Talvez eu fale algo a respeito no blog, quem sabe?
Lindos os seus. Também não gosto desse povo que trata pet como gente. O limite, para mim, é deixar ficar no sofá. Nenhuma mordomia humana além.
Olá, Eduardo!
ResponderExcluirAqui, eu vejo um desfile deles. Confesso que não os tenho mais pelas despesas imensas que dão. Fico com as plantas de varanda.
Gosto dos pets. Empatam de viajar, porém, pois hotelzinho custa muito e não se sabe como serão tratados.
Enfim, animais merecem ser bem tratados, só que não são crianças, tem seu modo próprio de estar e viver.
No outro dia, vi uma senhora com um carro de bebê, nunca poderia imaginar que tivesse um pet passeando como bebê no calçadão..
Totó é bem conhecido ...
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos
Aí já é patológico...rs
ExcluirFiz um comentário e não sei o que aconteceu com ele. Como você não tem filtro, devo ter esquecido de publicar. Na casa de minha sogra sempre existiram cães. Cães, passarinhos de gaiola e pombos-correio, mas gatos nunca. Os cachorros comiam angu e sobras do dia anterior. Os nomes eram Minsk, Zulu, Vinte e Cinco (não me pergunte por quê), Pretinha (a última) e outros de que não me lebro o nome. Com todos esses eu convivi. Mas houve uma fera que vivia acorrentada, pois mordia até os moradores da casa. Não me lembro do nome desse, inclusive por não ser "da minha época"..
ResponderExcluirOi, Edu.
ResponderExcluirNo momento eu não estou em condições de ter e de criar um animal de estimação, por isso não tenho nenhum em casa, mas cresci aprendendo a tratar animais de estimação como animais de estimação, não a tratá-los como se fossem um filho, um bebê, e como forma substituta na opção por não querer ter filhos, como vejo muitas pessoas agindo assim, porque também não acho que animais possam substituir pessoas sempre, embora pense que às vezes, não sempre, em determinadas situações desconfortantes, antes animais do que gente e antes nos refugiar no meio dos bichos do que de pessoas, mas então não sei ser e agir diferente e não consigo achar normal (mas talvez até entenda que seja uma certa carência...), e não tenho a mínima vontade de quando e se um dia eu puder ter algum(ns) enfeitá-lo(s) com roupas e sapatos, levar pra cama ou deixar subir na cama pra dormir junto, pelo menos eu nunca agi assim quando era criança e tinha cachorros em casa, no máximo disponibilizar uns brinquedinhos, mordedores, pro animal se distrair, acho que só cuidar/tratar e alimentar bem, trocar carinhos (e isso não inclui beijar!), levar ao veterinário, pra vacinar, ah, todos cuidados necessários que um animal merece receber, já estará bom, a saúde e o bem-estar do animal são o que importa ou deveriam importar; na verdade chego a pensar que os animais se sentem desconfortáveis com aquelas roupas e enfeites todos, mas respeito quem age e os trata assim, porque senão é confusão e eu estou correndo dessas confusões bobas! 😂😂😂
Como animais de estimação eu gosto de cães, coelhos, patos, recentemente eu descobri que gosto de gatos (porque antes eu tinha trauma e medo 😹😹😹), e provavelmente quando eu puder ter algum será um ou alguns desses. Na verdade, eu queria mesmo um animal que vivesse muitos anos, décadas, pra não sofrer com a perda de um deles a cada 11, 12, 13 anos, como os cães, que vivem em média esse tanto de anos. Nesse caso, um papagaio ou um jabuti seriam ideais. 😊
Bom fim de semana! 💐🎈
Oi Eduardo, só tive dois cachorros na vida, ficavam no sítio. Meus pais jamais me permitiram ter um no apartamento. Um se chamava Toby (salsicha caramelo mestiço) e o outro Simba (vira-lata preto e branco)! Eu até gosto de mimar os pets, com esses dois não tive muita chance, pois não mandava em nada na época, mas gosto que eles possam ser o mais cachorro possível. Andar na grama, se sujar e se um dia eu colocar sapatinho vai ser pra rir porque é engraçado demais os vídeos com eles tentando tirar o adereço.. 😂😂😂... Gosto da companhia dos animais, principalmente cachorros. Tenho saudade daquele olhar que os meus direcionavam pra gente. Nós fornecíamos comida e abrigo e eles faziam a segurança do jeito deles. Mesmo sem treinamento adequado e sendo de porte médio, eu me sentia segura com eles por perto.
ResponderExcluirAté breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
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https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Os cães são boa companhia, mas muitas pessoas exageram. Nem sei se Freud conseguiria explicar esses exageros.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
O tratamento que damos aos animais domésticos, como o cão, não deve ser excessivo. Tal e qual como para com as pessoas... Para cada animal, racional ou não, o tratamento deve ser adequado. Exageros, para mais ou para menos, dão sempre mau resultado.
ResponderExcluirMagnífica crónica, gostei de ler.
Boa semana.
Um abraço.
Sempre tive animais de estimação, Edu.
ResponderExcluirEles são muito companheiros .
O meu pastor belga, Rex, foi muito bem tratado mas sem exageros.
Um grande abraço
Verena.
Hoje em dia os cachorros são tratados que nem gente e como membros da família. Claro que eles merecem toda dignidade do mundo, mas tem algumas pessoas que exageram. Gostei do tema levantado.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Oi, Edu, mas que encanto de crônica! rsrssss - Hilária, divertida. Como temos histórias quando gostamos desses animaizinhos de estimação!
ResponderExcluirOlha, eu amo os animais, critico quem não cuida bem, quem não sente compaixão por eles e, naturalmente, aqueles que não os tratam com respeito. Tivemos três, não de uma vez só, foram chegando... um me foi doado por uma aluna minha - o Bimbo. A cadelinha adotamos na Serra Gaúcha, apareceu no clube e foi nos agradando antes que chegasse a prefeitura para levá-la. Não imaginas a gratidão desses animais. O terceiro uma linda cruza, baixinho mas com porte forte, de cachorro grande, batizamos de Guga, guerreiro, decidido, fora atropelado e atravessou a avenida atrás de nós, mancando e parecia que suplicava cuidados e amor. Amamos os 3 muito anos, 15 a 20 anos. Depois nos deixaram, e como sofremos. Muito. Lindos anos de nossas vidas.
Adorei essa tua crônica, os sapatinhos nunca vi, mas vestidinhos e florezinhas na cabeça, sim. É engraçado, não os animais, mas os donos...Exageram, sim. Gosto de animais vestidos de natureza, sem frescuras, o máximo com capinha de chuva, ou capinhas para frio.
Aplaudo essa excelente crônica!
Abraços daqui do Sul.