Clube de Detetives Pão de Queijo

sexta-feira, 7 de março de 2025

Comentando o "Sem Comentários"

 




BEM QUE SE QUIS...lembrei Marisa Monte. Eu quis escrever uma crônica onde não houvesse a possibilidade de se comentar o que escrevi, como fiz no texto passado. Falei dos tempos áureos dos blogues e das regras que  todo mundo convencionou seguir. Como diz o imaginário político brasileiro, frase dita (ou não dita) por Jânio Quadros, "fi-lo porque qui-lo". Como sugeri, nós blogueiros, ficamos muito condicionados a comentar textos de autores que seguimos somente na intenção que o autor do texto também venha comentar os nossos próprios textos. Ou comentamos porque criou-se um elo de amizade virtual com alguém. Mesmo que você tenha detestado o texto do amiguinho. Aliás, vi poucas vezes alguém criticar negativamente um post de um amigo... Mas como assim não tem como comentar, agora ele não vai saber que eu vim aqui e ele não irá me visitar...como eu disse, deprimente. Voltam os comentários. Confesso que é triste ficar sem visualizar os mais de mil comentários feitos por leitores do meu blogue ainda em sua fase infantil. Mas me pergunto: foram comentários espontâneos? Continua o dito: Não comente se não quiser comentar, não visite se a intenção for apenas a retribuição de visitas e comentários.  Não gostou do texto? Diga que ele está ruim.  Ou ignore-o. Comentando ou não, não será isso que fará eu ir ou não ir ao seu blogue se eu gostar dele (e tenho a pretensão de convencer alguns). Se você retribuir um não comentário com outro não comentário, tudo bem, você está no fluxo da Regra. Que coisa deprimente - outra vez - ser obrigado a fazer uma coisa apenas porque todo mundo faz obedecendo a uma regra que ninguém sabe quem impôs. Eu gosto muitíssimo de pelo menos, 7 blogues onde sempre leio coisas interessantes e sempre comento pelo prazer de trocar ideias, apesar que essa troca raramente acontece. Outros leio e quase não comento. Se não for assim, a coisa fica xoxa. Não confundir com "a coisa fica xuxa". Pode parecer que estou me comportando como se fosse o centro da blogosfera. Não é isso, entenda minhas reflexões. Discorda delas? Acha todas essas questões irrelevantes? Beleza, quem disse que todo mundo tem que pensar igual?

Impôs me lembra "imposto". E nem me fale sobre. Luís Inácio disse que vai isentar todo mundo que ganha 5 mil reais de pagar imposto de renda. Eu acho justo. Só não sei se quem ganha cinco mil e um também vai achar...Lá rá rá lá. 



16 comentários:

  1. Boa tarde de Paz, Eduardo!
    Tinha lido o anterior e iria ler os demais mesmo sem comentar por estar fechado. Quando gosto de um post e o jeito do blogueiro escrever, volto sempre.
    Por sinal, devo lhe dizer que, mesmo que ninguém me comentasse, eu iria continuar postando, comentando blogs amigos, salvo se enferma grave.
    Foi assim desde o início, há uns 17 anos em outro hospedeiro.
    Gosto de blogar e cresci muito interagindo com amigos, nos tornamos uma família virtual.
    Claro que percebo a diferença em muitos, se escolhe a quem comentar e os demais ficam ao léu, mesmo tendo interagindo no outro que faz parte da mesma interaçãoIFraterna, por exemplo.
    É justo? Para mim, não. Falta de ética virtual, mas eu não deixo de ir a todos que me seguem e deixam seu tempo em me ler e me fazer crescer com seu comentário.
    Acredito que devamos continuar livres, se quiserem comentar, ótimo! Senão, paciência!
    Quem ama blogar não imprensa ninguém a nos comentar. Não mete a faca no pescoço do outro como se fosse o suprassumo do meio virtual.
    Sei que entende o que digo.
    Percebe-se seu grau de maturidade.
    Gosto dos seus comentários e alguns seus até respondo.
    Temos muitos modos de interagir.
    Nos aniversários, são inúmeros os comentários. Acho de uma gentileza sem limite. Ninguém é obrigado e se vem, só gratidão.
    Não deixe de nos enriquecer com sua larga experiência no mundo virtual. Vale a pena!
    Espero não ser daqueles que não suportam comentários mais longos por preguiça de ler. Se for, me desculpe.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos



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    1. Roselia, tudo certo..rs
      Não vejo como justiça ou injustiça alguém comentar em um blog e não comentar em outro da mesma rede de seguidores. Se a pessoa não quer comentar mas ainda te segue, tudo bem. Se for alguma incompatibilidade, é só deixar de seguir, né? E tudo bem também

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    2. Entendo, mas vejo pelo lado do deselegante, da fata de ética.
      Tudo na vida tem compromissos... no blog, não é diferente.
      Obrigação é horroroso mesmo. Não o faço dessa maneira, mas compromisso eu procuro manter fiel com quem faz parte de um grupo de interação. Considero como o mínimo.
      Vou lhe contar algo do início dos blogs:
      Lançavam algo coletivo e nem a parte que propôs lia nada...
      Esquisito, não?
      Hoje em dia, somos uma grande família e amo blogar com os amigos.
      Como disse, vou continuar comentando, independentemente.
      Entendi seu ponto de vista, muito bem explicado, por sinal, com toda lucidez necessária para que fosse entendido totalmente..

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  2. Eduardo, passei aqui no dia do sem comentários! Passo sempre! Nunca por obrigação, só por há 17 anos nos blogues, gostar de interagir! Assim vamos que vamos e se até nós blogs vamos nos incomodar, melhor desistir! Enquanto gostarmos de aqui estar, estaremos! Abraços,tudo de bom,chica

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    1. Que bom que não é por obrigação, Chica. O mesmo posso dizer dos seus blogues, sempre com postagens divertidas e leves.

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  3. Oi, Edu, muito boa tua postagem, é bom clarear isso para as pessoas da Blogosfera. Há anos eu escrevi sobre isso. Sobre o nosso comportamento.
    Eu penso que nada deve ser obrigatório, muitas vezes leio um Blog e não comento, não deve haver essa imposição. O que vejo é uma gentileza das pessoas. E acho isso muito bom!
    Eu não comento sob pressão. Quando gosto muito transmito a minha emoção. Quando não gosto do texto, não discuto, não deixo palavras ásperas, simplesmente saio. Já vi Blogueira dizer:
    "Não gostei dessa sua postagem!"
    Para quê? Edu , eu evito momentos de constrangimento. A Internet é para descansar, acalmar a mente, e pra mim isso é excelente. Eu tomei essa atitude há 18 anos.
    Não vou aos blogs para pagar comentário, vou para ler o que o amigo os amigos Blogueiros, que visitaram meu blog, postaram . E também prestigio. É assim a grande parte da Blogosfera, aliás, muito diferente das Redes Sociais (ou Antissociais). Gosto de ler os amigos. De interagir e de dizer-lhes depois que gostei muito do texto, e se digo é porque realmente gostei.
    Um bom fim de semana, Edu.
    Abraços daqui do Sul!

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    1. Taís, eu não teria problema de ler um "não gostei dessa sua postagem". É legal, prova de o que está escrito incomodou alguém de alguma forma, e isso pode gerar crescimento.
      A minha crítica é mesmo com a obrigação.
      Valeu.

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    2. Mas eu gostei! Gosto da sinceridade, mas não de grosseria com um colega! Eu não faria isto. Você falou o que estava lhe incomodando um pouco, clareou muito a jogada. Como dizemos aqui no Sul, fica Gel, tá tudo sob controle! 😄 😅

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  4. Tudo bem, Amigo. É como diz: os comentários não são uma obrigação. Assim o entendo. E se deixo comentários aos meus seguidores é porque gosto de retribuir o carinho que me dispensam. Um gesto fraterno, pode dizer-se.
    Tudo de bom.
    Uma beijo.

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    1. Graça, sinceramente nunca tinha pensando em um comentário como um "gesto fraterno". Seu olhar sobre o assunto é poético e bonito, assim como teus poemas.

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  5. "Ele voltou, o blogueiro voltou novamente"!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Oi, Edu.
    Acho que entendo a sua revolta(?), porque já vivenciei situações desagradáveis como as que você descreveu no seu post anterior e nesse atual, com blogueiros até me cobrando visita e comentário nos blogs deles, sendo que as pessoas sequer tinham o compromisso de acompanhar meu blog e serem inscritas nele, por exemplo; não que fosse obrigatório, só senti ser ilógico. Cobrarem por algo que não estavam sendo. Enfim. Também já passei por essa crise da reflexão sobre a obrigação dos comentários e de perceber a triste realidade de que algumas pessoas só iam ao meu blog comentar se eu fosse ao delas e que se eu não fosse elas não vinham ao meu também; também já houve situações em que eu fui e não tive retorno, nem no próprio blog da pessoa, que inclusive pedia por comentários, prometia responder e visitar em retorno. 😕 E não era blog abandonado. Se eu fui com algum interesse foi o de fortalecer a interação nesse espaço que por vezes e por outro lado parece abandonado, morto, solitário, foi o de firmar laços, estabelecer conexões. São muitas histórias para contar que a gente vai vivenciando e notando por aqui. Por aqui no seu blog, enquanto eu for bem-vinda e sentir que sou, eu continuarei comentando, respondendo no meu blog e interagindo de volta, porque é a minha essência ser recíproca e nesse espaço eu sou assim desde que comecei no Blogger, em 2017, como eu já disse in box no comentário do post anterior. Pois, honestamente, hoje em dia eu só vou onde sinto que sou bem-vinda. Tento sempre comentar sobre o texto e não apenas comentar por comentar, cometer o erro de comentar sem ter lido e lido de forma corrida ou sem atenção pra não falar qualquer coisa, bobagens, ou apenas com outros interesses por trás. Acho que o seu conteúdo é bom, bem-humorado (como finalizou o post em questão... 😂😂😂 que foi e sempre é impossível não rir!), e isso é também o que me traz interesse em ler e participar comentando, às vezes concordo, às vezes discordo, mas normal, e nem sempre eu consigo acompanhar e comentar em todos que e como eu gostaria, mas seguirei por aqui, desejando cada vez mais sucesso! 🙂💐🎈

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    1. Perfeito seu comentário, Rose. Comentar em um blog nunca deveria ser "obrigação" e sim, coisa espontânea. Você é sempre bem vinda por aqui. E sempre que dá, comento também no seu blog.

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  8. Eduardo,
    Seu texto é quase uma confissão dessas que a gente escreve depois de muito tempo olhando a tela em branco, remoendo o que sente e não se diz em voz alta. Eu entendo bem esse incômodo: a troca rarefeita, o eco dos nossos textos no vazio, e essa estranha dança silenciosa entre comentar, ser comentado, esperar, se frustrar, retribuir ou não. A blogosfera foi, por muito tempo, um salão de baile onde todos dançavam com todos mesmo sem música. Hoje, muita gente ainda aparece na festa, mas não tira ninguém pra dançar. Talvez por cansaço, talvez por hábito, talvez por essa regra invisível que, como você bem disse, ninguém sabe quem criou. Mas aí tem uma coisa bonita: o modo como você escreve revela que ainda se importa. E isso, num mundo onde todo mundo anda meio anestesiado, já é rebeldia. Sim, às vezes comentamos por afeto, por afinidade, por hábito… e sim, tem dias em que a troca é unilateral, o papo não volta. Mas também tem aqueles dias raros e preciosos em que a resposta chega como uma carta escrita à mão.
    Esse seu “bem que se quis” me lembrou que escrever é um gesto de esperança. Não de aplauso, nem de retribuição. Mas de verdade. E verdade, mesmo quando não tem plateia, ainda é semente. Então eu vim aqui. Não por protocolo. Mas porque gostei do que você escreveu. E se amanhã eu não aparecer, não é porque deixei de gostar, talvez só precise do silêncio que também mora em nós.
    E mais: essa coisa do imposto… pois é. “Impôs” e “imposto” são irmãos semânticos com o mesmo ranço autoritário. Já o que é espontâneo, mesmo quando é raro, ainda tem gosto de liberdade. Fique com a sua. E siga escrevendo.
    Muito bom mesmo!

    Um abraço,
    Fernanda!

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