Maria Tereza e Maria da Glória passeavam pela calçada à beira-mar. O sol já se ia longe num belo entardecer. João Vicente vinha em sentido oposto. Logo viu Maria Tereza, apaixonou-se. Aquelas paixões imediatas, impositivas, quase perturbadoras, mas foi Maria da Glória que antes, por ele se apaixonou. Aquelas paixões imediatas, impositivas, quase perturbadoras. O sorriso que João Vicente endereçou aos lindos olhos de Maria Tereza foram recebidos com desprezo. Não sabia (como poderia saber?) que o coração de Maria Tereza era terreno árido, impenetrável e o olhar mavioso e receptivo que Maria da Glória endereçava ao olhar de João Vicente, da mesma forma ignorado foi. Os olhos que o moço queria eram os olhos de Maria Tereza, não os olhos de Maria da Glória. Em angustiante desconexão do acaso, os três por si passaram, João Vicente de chapéu na mão, estatuado em uma reverência decorosa para Maria Tereza que semblante fechado, o ignorou mais uma vez. O rapaz sofreu a indiferença daquela que tinha certeza, poderia ser sua grande paixão, sem perceber que talvez a outra, essa paixão pudesse vir a ser. João Vicente quedou-se conformado, a olhar as duas se distanciando, angustiado que o amor o tinha recusado.
O mesmo pensou Maria da Glória.
E foram infelizes para sempre.
Eduardo Medeiros.
Olá, Eduardo!
ResponderExcluirGosto de histórias bem reais assim tanto quanto as oníricas...
O que mais vemos, entretanto, é o "foram infelizes para sempre".
É lamentável!
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos
Eu gosto assim, a vida como ela é!
ResponderExcluirNão precisamos sempre romantizar as situações...A vida real é dura, é desconcertante, exatamente como descrito na sua crônica Edu.
Contos de fadas não existem nem mais nas canções , quiça nos filmes da Disney... (Vulgo Branca de Neve) rsrs
Maravilhoso final de semana amigo querido!
Gostei pra caramba, não só da história como da forma de contá-la.
ResponderExcluirÉ a clássica situação: quem eu quero, não me quer. Quem me quer, eu não quero.
ResponderExcluirOi! Que voltar por aqui e ver os comentários abertos! Esta estória é mais comum do que a gente pensa. Infelizmente, felizes para sempre também não existe. Beijos e bom fim de semana! :-)
ResponderExcluirOI, legal, sim, já tá aberto os comentários...rs
ExcluirOi Edu, tudo bem?
ResponderExcluirUma história completa com poucas palavras. Gostei muito do texto.
Até breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
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Oi, Eduardo, muito bom o conto, pois é, hoje não tem mais isso, o tal flerte... era o que mais havia em outros tempos. Era outra juventude! O romantismo era outro.
ResponderExcluirMas o final está engraçado, e "foram infelizes para sempre"...encaixou direitinho, infelizes apesar de nada ter acontecido, não teve nem um comecinho! rsss
Muito boa essa...
Um feliz domingo!
Abraços!
Que pèna ese final de historia para un amor fuerte....me gustaria pensar que en algun momento, en algun lugat volverian a encontrartse
ResponderExcluirMe gustó leerte Eduardo
Un abrazo
Os encontros e desencontros da vida. Podia ter sido algo, mas não foi nada.
ResponderExcluirInteressante e inspirada história!
Abraços e boa semana
Às vezes, basta uma palavra, não é mesmo?
ResponderExcluirBoas reflexões nos traz o teu texto Eduardo!
Grata pela partilha!
Uma história muito bem contada. Os desencontros do amor acontecem com frequência e às vezes um olhar bastava, ou um sorriso para que se percebesse o equívoco.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Olá grande Eduardo!
ResponderExcluirÉ por isto... é por isto que gosto imenso de o ler! Sinto que posso esperar de tudo! 😅
Uma história triste mas muitas vezes uma realidade!
Um abraço 🤗
Um conto irreverente, surpreendente, fora da caixa e muito bem imaginado. Muito embora seja realista, já que isso por vezes acontece.
ResponderExcluirBoa semana.
Um abraço.
Edu!
ResponderExcluirAdorei ler e confesso
que se na ativa como
diretora teatral, eu montaria
uma bela cena completa.
Lendo consegui visualizar
no palco acontecendo.
Obrigada por nos brindar.
Bjins de ótima nova semana.
CatiahôAlc.
Adorei o que acabei de ler!
ResponderExcluirBjxxx,
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Show essa publicação. Gostei de ler. Bjus
ResponderExcluirEste povo antigo... Fica difícil. Bem, eu acho que o conto se passou no passado, tipo 1920 ou 1940.
ResponderExcluirSe fosse nos dias de hoje, os 3 fariam uma suruba. Uma putaria muito doida com todo mundo maluco de bebida e drogas. E no outro dia, cada um ia pra um canto.
E eles também seriam infelizes para sempre.