quarta-feira, 26 de novembro de 2025

As Dores do Mundo

 

Alma e mente se comunicando e ponderando sobre as dores do mundo, que são na verdade, nossas dores. Alma seria o nosso sentimento e a mente a nossa razão? Sentimos a dor e refletimos sobre ela. O mundo está sempre em mudanças (nem sempre para melhor). Tudo evolui, inclusive as sociedades. O que nos deixa pasmos é que depois de tantos milênios de evolução social, ainda tenhamos no mundo tantas diferenças abissais. Não acredito em zero diferenças. Não é possível. Todo ser humano é um universo próprio. Mas certamente, gostaríamos de ver  e de ter um mundo menos injusto.

Escrevi o comentário acima no blog do poeta Jaime Portela para seu poema O Mundo Doi-me

Depois fiquei pensando na expressão "as dores do mundo" e lembrei-me que esse é o título de um dos livros do filósofo Artur Schopenhauer. O livro é considerado uma das obras clássicas da filosofia alemã, abordando reflexões sobre a existência e propondo uma nova forma de pensar sobre a dor e a felicidade.

O principal argumento do filósofo é de que a existência é a própria dor. O mundo como um lugar de expiação. Viver é sofrer. O filósofo chegou à conclusão de que a vida nada mais é do que uma busca incessante por satisfazer desejos que logo após serem satisfeitos, geram novas frustrações e novos desejos. O  ciclo dos desejos a serem satisfeitos é infindável e isso é dor. Diz o autor que

O bem, a felicidade, a satisfação são negativos porque não fazem senão suprimir um desejo e terminar um desgosto (...), em geral, achamos as alegrias abaixo da nossa expectativa, ao passo que as dores a excedem sobremaneira...

O núcleo do pensamento de Schopenhauer é a VONTADE. A Vontade é uma FORÇA IRRACIONAL, cega, que nos impulsiona a todo momento todos os seres. Somos manifestação dessa Vontade metafísica e como a Vontade nunca encontra onde repousar, a inevitável consequência é o sofrimento. 

Não queremos todos a "felicidade"? Sim, e esse desejo é vão. É uma ilusão, pois nunca existirá felicidade plena, apenas momentos breves de um alívio do sofrimento. A dor, esta sim é real e positiva, o prazer é passageiro, vazio, ilusório. 

Isso me fez lembrar de alguns versículos do Eclesiastes (meu livro preferido da Tanak (Antigo Testamento), ao lado do livro de Jó): 

É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério! O coração do sábio está na casa onde há luto, mas o dos tolos, na casa da alegria. 

(Eclesiastes 7:2-4)


A dor nos faz refletir, a alegria nos faz esquecer que somos pó. 

Essa condição nos atinge até mesmo quando não estamos sofrendo, pois constantemente somos tomados pelo tédio. E aí lembrei-me da música do grupo Biquini Cavadão:


Sabe esses dias

Em que horas dizem nada

E você troca o pijama

Preferindo estar na cama...


Sim, sabemos. Todos sabemos.


Sentado no meu quarto

O tempo voa

Lá fora a vida passa

E eu aqui à toa

Eu já tentei de tudo

Mas não tenho remédio

Pra livrar-me desse tédio...

Até mesmo quando não temos plena consciência de que estamos vivendo no tédio das nossas rotinas, ainda assim o tédio está lá e em algum momento ele pulula como uma alergia de pele. 

A existência é um pêndulo...ora oscila para o sofrimento, ora oscila para o tédio. A felicidade é uma intrusa.

Schopenhauer faz uma crítica voraz à sociedade, que ele via como superficial e hipócrita. O que tem valor para as pessoas são suas ambições sociais, seus status, ser reconhecido. E isso tudo não passa de doce ilusão que aumenta a infelicidade na proporção direta em que as buscamos.

Por isso, a vida em sociedade intensifica a dor.

Qual o remédio de Schopenhauer para a dor, o sofrimento e o tédio? Valorizar a solidão e o afastamento dos prazeres mundanos. A solidão seria mais saudável, pois conviver diariamente com outras pessoas sempre traz conflitos e frustrações. 

Mas o filósofo dá uma saída: A VERDADEIRA PAZ ESTÁ EM REDUZIR OS DESEJOS. Preferir uma forma simples de viver e cultivar a própria interioridade. 

Os críticos de Schopenhauer o acusam de ser um "pessimista radical", porém, há algo que o filósofo vê como positivo: A BASE DA MORAL DEVER A COMPAIXÃO. Quando reconhecemos o sofrimento alheio como sendo nosso sofrimento, desenvolvemos empatia.

A compaixão é a forma de aliviar - mas não extinguir - as dores do mundo.

Schopenhauer vê também na arte uma busca de alívio, especialmente a música. Ela teria o poder de suspender temporariamente o domínio da Vontade, e assim, experimentamos uma redução da dor.    

Porém, não há como escapar - esse alívio será sempre momentâneo. 

Podemos negar a Vontade, reduzindo os desejos, evitando paixões e buscando uma vida mais austera que diminua o sofrimento. Nesse aspecto, o filósofo se aproxima das tradições orientais, com o budismo.

Concluindo, podemos discordar do "pessimismo" de Schopenhauer, mas nunca poderemos negar que ele estava certo ao definir a existência como sofrimento. Já começamos a vida, chorando...as dores do mundo estão aí, a todo momento batendo em nossa porta.

Para finalizar (olha o que teu poema me fez escrever, Jaime!), trago a nossa poetisa Cecília Meirelles para a conversa, pois aparentemente, ela deveria concordar com tudo o que disse o filósofo:



És precária e veloz, Felicidade.

Custas a vir e, quando vens, não te demoras.

Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,

e, para te medir, se inventaram as horas.



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É claro que você pode negar o pensamento de Schopenhauer e defender o hedonismo, que defende que a busca pelo prazer ou a busca pelo bem-estar deve ser o mote da vida humana. Mas isso pode ser papo para uma outra crônica de filosofia de botequim. 

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Ilustração: GPT



quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Tragédias Antigas




Tem tragédias que só quem nasceu antes dos anos 70 sofreu. Algumas dessas tragédias marcaram profundamente nossas vidas. Muitos entraram em depressão por causa de algumas delas. Outros não se contendo, xingavam a existência e a vida. Se você nasceu nos anos 2000 e anda pela blogosfera, você nunca passou por nenhum desses problemas. Aliás, você é esquisito se tem até 25 anos e escreve blogues - pois decididamente, blogue é coisa de velho. Porém, se você está passando por aqui, deixei até uns links para que você saiba do que estou falando.



Quando as fichas acabavam no meio da ligação feita do orelhão.

Era triste, ainda mais se estava no meio de uma ligação para a namorada marcando aquele encontro no sábado.

A agulha riscava o LP bem na melhor música.

Isso era uma tragédia de primeira grandeza. Você estava ouvindo aquele seu disco predileto e em algum momento uma mesma frase ficava se repetindo, repetindo...

Você datilografava errado a última palavra da página.

Isso era quase motivo de eu meter a cabeça na parede. E pior ainda...não tinha fita corretiva de máquina de escrever pra consertar.

O locutor falava as horas ou soltava uma vinheta BEM NO MEIO DA MÚSICA que você tinha passado horas esperando pra gravar na fita K7.

Isso era uma falta de respeito a nós, que gravávamos músicas diretamente do rádio.... E depois o toca-fitas mastigava a fita K7... O locutor não falava o nome da música quando ela terminava...e você ficava anos sem saber quem cantava ou como chamava aquela música que você tinha amado.

 Você tinha que pagar multa por devolver a fita de vídeo VHS pra locadora sem rebobinar.

Eu paguei algumas dessas multas por pura preguiça de rebobinar as VHS.

 O Ki-suco vazava da garrafinha da sua lancheira.

Ah, mas isso era trágico demais!

 Você tirava as letras das músicas em inglês tudo errado e depois descobria, no folheto da Fisk, que estava tudo errado mesmo, mas já era tarde, pois você já tinha decorado errado (e canta errado até hoje).

Eu gostava de ver o Sr Fisk dando aulas de inglês na TV com música mas eu não aprendia nada mas gostava das músicas...

Você arranhava com todo cuidado, mas quando levantava o papel via que o bichinho do decalque do Ploc tinha saído sem uma perninha.

A televisão resolvia sair do ar no dia do último capítulo da novela... e seu pai tinha que subir no telhado pra mexer na antena...e ele gritava lá de cima “melhorou?” E você, embaixo, avisava: “melhorou o 5, o 7 e o 9. Piorou o 4, o 11 e o 13”. E isso já um pouco mais recente, pois quando eu era menino era até mais fácil, só existia lá onde eu morava a Globo e a Tupi. Quando era pra ver a Globo rodava a antena pro lado, quando era a Tupi, rodava pro outro...

Chegar à padaria e lembrar que você tinha esquecido o “casco” do refrigerante.

Isso até parece que está querendo voltar com toda essa onda de "salvem o planeta".

Você descobria que todas as 36 fotos do seu aniversário tinham ficado desfocadas e algumas tinham queimado, porque o rebobinador da câmera tava meio enguiçado.

Isso então, era tragédia num nível inimaginável.

Você pensava que ia morrer porque engoliu uma bala Soft

Eu, algumas vezes passei pelo drama.


Então, filho, essas foram algumas tragédias que seu pai sofreu na sua idade e que você nunca vai sofrer. Tem muitas outras, mas eu sei que você tá achando essa conversa bem chata. 


sexta-feira, 14 de novembro de 2025

O Carteiro

 





     QUANDO CRIANÇA eu olhava o carteiro chegando. "Toma, é pra tua mãe". Tinha essas intimidades, o carteiro conhecia todo mundo na rua pelo nome. Eu pegava  a carta e aquilo me trazia imensa felicidade. Como deveria ser empolgante receber uma carta! "Mãe, mãe, tem carta pra você!". Era da tia Valdira que morava em outro Estado. Eu gostava muito dela. Tinha uma linda voz, compunha belas canções com seu violão. Na carta ela contava feliz o nascimento do terceiro filho.

     O carteiro deveria ser feliz. Ele era livre. Andava daqui prá lá a pé ou de bicicleta, entregando mensagens para as pessoas. Uma carta de um amigo distante. Um telegrama dizendo que a filha chegaria no sábado. Um telegrama sobre uma herança recebida...assim eu pensava no meu jeito sonhador de criança. Decidi ser carteiro quando crescesse. Levaria muitas cartas para muitas casas e deixaria todo mundo mais feliz, com boas notícias. Mas um dia entendi que o carteiro não só levava mensagens boas e alegres, mas também tristes. "Candinha faleceu. Infarto fulminante" - foi o telegrama que Dona Norma, a vizinha do fim da rua, recebeu naquele dia. O carteiro então, era como a vida. Nos fazia sorrir ou nos fazia chorar. Eu não queria mais ser carteiro, vai que eu teria que entregar um telegrama ruim para minha mãe!

sábado, 8 de novembro de 2025

Minha Sogra



 MINHA SOGRA acha que eu quero matá-la. Isso mesmo. Depois de 20 anos de convivência eu virei seu maior pesadelo. Tenho culpa no cartório? Nem no cartório nem em lugar nenhum. Acho. Ela tem 83 anos. Lúcida. Anda na rua sozinha, cozinha, conversa bem sobre qualquer assunto que não seja eu. Encasquetou que eu quero vê-la pelas costas, quiçá, numa sepultura. 

Mania de perseguição ela tem desde mais nova. Era sempre um carro preto que a seguia quando ela estava andando na rua. Era um cara mal encarado que a encarou por muito tempo dentro do ônibus. Era a mulher do pastor que durante o culto ficava olhando muito para ela. Era o vizinho da frente que a espionava através da minúscula abertura entre o portão e a parede.

Diz o médico que é um tipo de esquizofrenia. A pessoa "escolhe" alguém próximo para ser seu alvo. No caso, o escolhido fui eu.  Diz que eu quero expulsá-la de casa mancomunado que estou com a mulher de um de seus  filhos. Outro alvo secundário ou coadjuvante. Eu lhe disse há 23 anos que ela poderia ficar na minha casa até que ela morresse. De graça. Eu construiria um segundo andar para morar com a sua filha com a qual me casaria. E casei. E construí. 

Isso talvez seja reflexo da sua vivência por quase 40 anos com a violência na porta de casa. Durante todo esse tempo moraram em uma favela que tinha dias bons e ruins. Os ruins, claro, os dias de tiroteios. Traficante contra traficante, traficante contra polícia. Tinha uma boca de fumo literalmente ao lado do seu portão. Muitas vezes, soldados do tráfico, garotos que ela conhecia desde pequenos, invadiu sua casa em busca de abrigo fugindo de algum perseguidor, fosse polícia, fosse traficante rival. E o que podiam fazer a não ser abrir a porta? Certa vez um desses abrigados sugeriu sair de casa abraçado com minha esposa fingindo serem namorados para despistar. ISSO NÃO! protestou ela. E não saiu. 

E não é que a polícia bateu na porta, entrou na casa à procura do tal que se escondeu debaixo da cama? Os policias foram nos cômodos da casa mas não sei se por incompetência ou milagre, não achou o meliante. Depois que tudo se acalmou ele pôde sair e ir embora, não sem ouvir antes da minha sogra um "Vai com Deus, muda de vida que Jesus tem um plano pra você". Não sei que fim levou e nem sei se o tal plano se concretizou.

Os dias bons na favela eram os dias sem tiroteio. A favela fervilha: à noite, é todo mundo na rua. Crianças, adolescentes, adultos. Caixas de sons tocando o funk da vez. Muitos pontos de vendas de cachorro quente, açaí, sorvetes. A favela é exemplo da economia da livre iniciativa. Fila para comprar drogas, tudo bem organizado pelos soldados armados do movimento. A primeira vez que entrei lá com minha futura esposa ela me deu a dica: "anda normalmente e não fica encarando". Segui à risca. Sem problemas. Em sua grande maioria, na favela estão  pessoas honestas, trabalhadoras, que apesar de tudo, se agarram a uma  felicidade que talvez seja resistência.

Mas o fato é que agora, ela, minha sogra, pensa que eu quero matá-la e despejá-la da sua (minha) casa. A esposa diz que eu tenho que entender a cabecinha dela. Eu entendo. Acho. Pois ela espalhou pra Deus e o mundo que eu pretendia matá-la. Depois a versão mudou: eu contratei por 20 mil, milicianos para matá-la. Reclamava que eu poderia ter dado os tais 20 mil para ela comprar um casinha e se mudar.

Tudo isso ela diz para minha esposa, não para mim. De mim ela foge feito diabo da cruz. E só mora a uma distância de uma descida de escada. Quando estou limpando o quintal e ela me vê, limita-se a dizer um "bom dia" meio em grunhido, para dentro, cabeça baixa sem me encarar. Eu para relaxar, respondo bem alegre e efusivo "e aí, dona Josefa, tudo bem?". "Graças a Deus, tô comendo, tô andando, tá tudo bem.." é o que ela sempre responde.

Essa paranoia começou quando ela ouviu do seu quarto pessoas na rua dizendo que "ela morava sozinha" e que seria "fácil entrar na casa" - pronto. Ela se identificou com o "ela morava sozinha" e por tabela, chegou à conclusão que era eu que estava por trás da possível invasão. 

Travou as janelas do seu quarto e da sala. À Noite, coloca duas varas de ferro na porta, distribui panelas em volta para numa eventual invasão ela ser acordada pelo barulho.  Saiu do seu quarto e foi dormir na área de serviço. Fez 4 cadeiras de cama. Não adiantou a filha reclamar. Dizia que dormia muito bem ali. Passou quase um mês inteiro dormindo assim até ter coragem de voltar para o quarto.

E sim, no início eu, minha esposa e o cunhado mais chegado conversamos com ela. Tentamos dissuadi-la da ideia que eu estava tramando contra. "Mas eu ouvi"...repetia ela. "Mas a senhora nem sabe se ouviu mesmo e se ouviu, como pode saber que estavam falando da senhora" - tentei argumentar. Em vão. Ela tinha ouvido alto e claro.

É essa minha paga por tê-la tirado do meio da favela e ter levado toda a família para um bairro melhor... 

Em tempos passados, ela me idolatrava. Afinal eu lhe dei uma casa e ainda casei com a filha (não que a filha estivesse encalhada). Meu sogro, que já foi alvo de uma crônica minha aqui, era um amor de pessoa. E sim, me chamava de Edualdo. Se vivo estivesse, certamente estaria repreendendo a esposa com aquela voz manhosa de mineiro-viciado-em-queijo: "mas Zefinha, filhinha, você acha que o Edualdo ia lhe fazer mal"? 

Talvez ela me olhasse desconfiada, de rabo de olho, e repetisse: "Eu ouvi".


                                                                * * * * * * * * * * * * 



terça-feira, 4 de novembro de 2025

Love Story # 2

 




Cláudia Cristina desde muito nova, tinha dúvidas se gostava de meninos. No Ensino Médio, Cláudio Romero lhe pediu um beijo e ela lhe ofereceu seus lábios, mas depois fez cara feia de nojo. Cláudio Romero, popular conquistador da escola, viu-se diminuído, objeto de sátiras dos amigos e quase entra em depressão. 

Em outra ocasião, o beijo que Cláudia Cristina deu em Ana Paula fora o máximo. Ela confirmava para si que seu desejo era por uma igual. Cláudio Romero não deveria ter ficado tão magoado e diminuído em sua fama de conquistador e ainda ter posto nela a culpa pelo beijo fracassado.

Não que Ana Paula gostasse de meninas, Ana Paula gostava de bocas, fosse de um gênero ou de outro. A despeito de todo preconceito que sofreram de alguns, namoraram por todo o período do segundo ano do Ensino Médio quando a família de Ana Paula se mudou para Brasília. 

Cláudia Cristina sofreu.

Seis meses depois, seu irmão José Luiz, levou sua namorada, Helena Juliana, para conhecer a família. Uma bela morena no auge dos seus vinte anos. Seios fartos, sorriso encantador, cabelos encaracolados que descansavam lindamente em seus ombros. Para Cláudia Cristina, foi amor à primeira vista. Foi como se Ana Paula nunca tivesse existido. 

Três meses depois que José Luiz apresentou Helena Juliana à família, as duas estavam perdidamente apaixonadas - Helena Juliana e Cláudia Cristina. Para Helena Juliana foi uma descoberta, pois jamais se percebeu atraída por mulheres. Que sedução era aquela que tinha Cláudia Cristina?

José Luiz afundou-se na vergonha. Não saia mais do quarto onde passava o dia inteiro descarregando sua frustração e ódio da irmã em jogos online. Cláudio Romero também jamais perdoara a vergonha que Cláudia Cristina lhe impusera. José Luiz não conseguia perdoar nem a irmã nem a ex-namorada. Ambos se encontraram online em uma partida de Fortnite. Ficaram amigos. Trocaram frustrações. Admiraram-se de como o "mundo era pequeno". 

Três meses depois os corpos de Cláudia Cristina e Helena Juliana foram encontrados em um matagal. 



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Love Story 1

Foto gerada por IA