sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Jogos Eletrônicas e Redes Sociais

 




LI NO JORNAL O GLOBO do Rio de Janeiro, uma interessante matéria sobre redes sociais e jogos eletrônicos - quais dos dois causam mais danos ao cérebro? Oh! my god! DANOS AO CÉREBRO? Como assim...? 

Os jogos eletrônicos ainda hoje são vistos como "alienantes da realidade", "perigosos", "induzem à violência" e que poderiam deixar o "cérebro atrofiado" com adolescentes parecendo zumbis trancados no quarto.

Eu nunca concordei que jogos eletrônicos fossem nada disso. Induzir à violência? Ora, um exemplo aqui e ali que mostram jovens que resolveram sair por aí com uma metralhadora matando pessoas que supostamente foram "influenciados pelos jogos" não pode representar o universo de jovens que jogam tais jogos - que são milhões ao redor do mundo. Temos "milhões" de jovens assassinando velhinhas nas ruas? Pois é.

A matéria do jornal traz pesquisas onde ficou demonstrado cientificamente que o vilão da juventude (e da velhotude) - PREPARAM-SE -  são as REDES SOCIAIS. Como diria o Chaves, "pois é pois é pois é".

 Diz a matéria: 

No cotidiano, os elementos dos jogos ajudam a estimular a concentração e aumentar a atividade da região do córtex pré-frontal dorsolateral. ...destaca o fato do jogador receber uma resposta imediata — seja visual ou auditiva — em relação ao seu desempenho. 

Em contrapartida, as redes sociais, por serem caracterizadas por seu consumo imediato, aumentam a produção de dopamina e ativam no cérebro mecanismos de condicionamento, que incentiva o consumidor a continuar procurando conteúdos.

Parece-me óbvio. 

E está explicado porque quando você entra no quarto do seu filho, do seu neto, e ele está com um fone de ouvido jogando, pode cair o telhado na cabeça que ele nem percebe, tal a concentração que o jogo promove.

Como a grande maioria dos nascidos na era digital, Eduardinho é aficionado por jogos. Joga desde muito novinho e eu nunca vi problemas nisso, mesmo porque, sempre procurei misturar jogos eletrônicos com jogos de tabuleiro. Ensinei a ele a jogar Ludo, Damas, Xadrez, Dominó, Uno...Já tivemos partidas homéricas de xadrez! 

Na primeira infância eu lhe oferecia jogos principalmente educativos. Jogos onde ele aprendia palavras em inglês, cores, números, alfabeto....era muito engraçadinho vê-lo aos 3 anos declamando o alfabeto em inglês: Ei, Bi, Ci, Di, I, Éf...

Ele não gosta muito de rede social. Não tem Face, nem Insta, TikTok (como a maioria dos amigos têm). Fizemos juntos um canal no Youtube onde publicamos vídeos dos seus 6 aos 8 anos, até o dia que ele chegou e me disse que não queria mais brincar de gravar vídeos. Eu falei ok. (mas confesso que fiquei triste, pois gravar vídeos engraçados com ele era muito divertido).

E também tem o problema que agora aos quase 15 anos, tem uma imensa vergonha de tudo o que gravou quando era pequeno...por isso foi lá no canal dele e colocou a maioria dos vídeos em modo restrito. Entendo, vergonha adolescente das coisas que fazia e dizia quando era pequeno. Quem nunca?

Mas quando o vejo no computador, jogando algum jogo online junto com amigos online, eu não vejo isso como ruim - pelo contrário - e a matéria do jornal me confirmou isso. É claro que tudo precisa de equilíbrio. Desde muito pequeno também o incentivo a se exercitar em casa. Não pode ficar horas sentado jogando malhando  o cérebro e o foco e esquecer do corpo. Virou hábito. Ainda hoje de vez em quando ele faz treinos comigo mas não deixa de fazer se eu não fizer junto. Eu sempre cobrando: Não vai treinar hoje? Ás vezes a preguiça juvenil lhe abraça e ele diz "hoje não, pai.." ..." tudo bem, mas amanhã eu quero ver você suando"

Então, amigos, vocês que costumam ler, fazer palavras cruzadas, como estimulante cerebral, pondere colocar no cardápio um bom joguinho eletrônico. Vale até o clássico PacMan. 



18 comentários:

  1. Querido Eduardo,

    que delícia ler sua crônica! Você trouxe um tema atual de uma forma leve, mas ao mesmo tempo muito profunda. Essa comparação entre jogos eletrônicos e redes sociais realmente dá o que pensar. Também acredito que os jogos quando usados com equilíbrio podem ser grandes aliados, tanto para estimular o raciocínio quanto para proporcionar momentos de lazer e conexão. Achei encantador como você entrelaçou a matéria do jornal com sua vivência com o Eduardinho. Fiquei imaginando as partidas de xadrez, os vídeos engraçados que gravavam juntos, e até essa fase tão própria da adolescência em que eles escondem o que antes mostravam com orgulho. É bonito ver como você acompanhou de perto cada etapa, oferecendo não só os jogos digitais, mas também os de tabuleiro e educativos. Esse cuidado em equilibrar diversão, aprendizado e exercício físico mostra o quanto o carinho de pai pode ser transformador.
    Concordo com você: não é justo culpar os jogos eletrônicos por todos os males do mundo. Como você bem disse, se fossem realmente um estímulo direto à violência, teríamos “milhões” de jovens reproduzindo atos absurdos, o que não corresponde à realidade. O grande vilão, muitas vezes, é justamente o consumo excessivo e disperso das redes sociais.
    Seu texto é um convite à reflexão, mas também à ternura, porque nos lembra que, mais do que tecnologia, o que importa é o olhar presente de quem educa e acompanha.
    Obrigada por compartilhar esse relato tão humano e lúcido.

    Um abraço com carinho,
    Fernanda

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  2. Eu nunca tive saco para jogos eletrônicos. Um colega de serviço comprou na décads de 1980 um micro Digitus 100, que era alimentado através de fita cassete. Levou para o serviço e durante algum tempo ficávamos brincando com ele (no horário de serviço, melhor momento para coçar saco). Só tinha jogo em PB em que você precisava abater as naves alienígenas. Não demorou para o saco encher e aquela geringonça ficou abandonada (esqueci de dizer que não tinha monitor, a tela era de uma TV de 14"). DEpois disso, já na época do Atari, lembro-me apenas de um jogo idiota onde uma galinha tentava atravessar a rua e um de olimpíadas que servia apenas para destruir o joystick (nem sei se o nome é esse mesmo). E zéfini. Redes sociais para mim são um lixo. Utilizo whatsapp mas não faço parte de nenhum grupo. E no facebook eu faço questão de não ultrapassar a marca de 150 "amigos". Agora, blog é vício. Se blog fosse cigarro eu fumava, se fosse bebida eu me embriagava e se fosse pó eu cheirava.

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  3. Videogame salva vidas!
    Belo relato esse de seu entrosamento com seu filho.
    Abraços

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  4. Oi, Eduardo! Pessoalmente sempre gostei de jogos eletrônicos. Ainda jogo até hoje, embora com pouca frequência. Ótimo texto. Abraço!

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  5. Meu filho já adulto e casado joga muito.
    Mas nunca deixou de ler, de trabalhar por conta de jogos on-line.
    A filha, descasada, nunca teve grandes interesses em jogos on-line
    Eu nunca joguei porque não me interessou. Até tentei.
    Acho que tem que haver equilíbrio como tudo na vida.
    Abraço,

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  6. Tem um vídeo bem legal que o Neófito postou esses dias em seu canal, falando sobre o Game que ele adquiriu e sua visão de usar o videogame sem necessriamente ser um desses gamers. Se eu fosse você, veria.
    Faltou a Globo dizer que a própria Globo aliena as pessoas e pasou décadas manipulando eleições desde as Diretas Já, como ajudou todo mundo a esquecer o acidente de Ulysses Guimarães, e ditando comportamentos danosos, atingindo até mesmo as crianças, fazendo pais perderem autoridades ao incentivam a rebeldia dos jovens em meio às reivinddicações de que papai trabalha demais, não basta se matar o dia inteiro para suprir as despesas da família, tem que suprir as expectativas do lar inteiro também, principalmente das crianaçs reizinhas etc. Tinha até uma música que a loura cantava "Não basta...", acabando com o trabalhador provedor da família. Só não tiveram a coragem de introduzi-la em um álbum até hoje. Em resumo, hoje eu entendo melhor quando a chamam de Globolixo.

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  7. Eu não sou um gamer, mas posso dizer que sou viciado em vídeos curtos, ou seja, uma rede social.

    Eu gosto de joguinho simples e rápidos. Acho muito mais divertidos. Estes jogos muito novos e complicados não são pra mim.

    Eu leio cada vez menos livros de verdade. Durante a vida é raro eu terminar um livro e se faço, é com muito sofrimento. Sou um caso perdido, meu cérebro já virou fritura.

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  8. Oi Eduardo, tenho muito saudade de passar o dia inteiro das férias com jogos eletrônicos. Já falei sobre os que eu jogava uma vez no Mente Hipercriativa, não sei se você se lembra. Já as redes sociais, eu era mais viciada na época do Orkut e Twitter. Hoje, esse algoritmo mostrando sempre mais do mesmo é entediante demais pra mim. Bom saber que inconscientemente acabei fazendo a escolha certa.

    Tenha uma boa semana!

    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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  9. Olá, Eduardo!
    Meus netos jogam e praticam esportes. Todos da familia brincavam com eles, inclusive a avó aqui. Dei livros muitos e contei muita historinha para dormir até por telefone. Inclusive estive numa certa cez no hospital para observaçao e, chehando em casa, um deles me contestou ao.lhe dizer que estava um pouco cansada: -não, vovó, você aguenta, conta a historinha para eu dormir...
    Jogam, estudam, menos "o do tal bichinho felino" não tiveram permissão parq experimentar.
    Tudo com orientação tem seu valor. Jogos desenvolvem o lado cognitivo.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Abraços fraternos

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  10. É muito bonito saber esse seu relacionamento com seu filho. É bom estar atento e ele saber que o pai está atento. Os jovens passam muito tempo na internet. Quase não leem. E às vezes o abuso da net é pernicioso. Gostei de ler esta sua crónica tão oportuna. Tudo de bom para si e para o seu filho.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  11. No essencial concordo com o que diz nesta magnífica crónica.
    Na verdade há coisas muito más que acontecem a partir da net, mas isso não representa mais que umas milésimas por cento dos utilizadores. Morrem muitíssimas mais pessoas de acidente de automóvel, por exemplo, e não vejo grandes artigos nos jornais acerca disso...
    Boa semana caro Edu.
    Um abraço.

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  12. A mais pura verdade. Os livros também estimulam o cérebro das pessoas.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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  13. Eduardo como é maravilhoso saber que você estimulou o seu filho desde pequeno a brincar com jogos de tabuleiro e alfabetização. Eu preciso agradecer também, muito ao meu pai , que me presenteou de Natal quando eu era bem pequenininha, uma coleção enorme de vários tipos de quebra-cabeças e jogos de alfabetização. Foi melhor presente do mundo que já ganhei na vida, pois me fez exercitar a mente, ficar curiosa e sempre me interessar por aprender mais e mais.
    Jamais achei os jogos eletrônicos influenciáveis para o mal. Pelo contrário, sempre tive muita empatia pelos mesmos, pois estimula a mente. Há alguns anos jogava alguns, tipo o "fantasmagoria" e jamais me esqueci como era emocionante vencer as fases e passar as etapas.
    Seu filho está no caminho certo e os jogos atuais são fantásticos!
    Maravilhosa semana!

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  14. Não passam de títulos sensualistas que se agarram a velhas ideias! Jogo tanto como leio, não sou violenta e sinceramente não sinto alteração nenhuma no meu cortex cerebral.

    Bjxxx,
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  15. Olá, Eduardo
    Um texto que muito apreciei.
    Fala de um tema actual, jogos electrónicos e redes sociais,
    e da influência que poderão ter na educação dos jovens.
    Como diz e bem, isso tem a ver com os exemplos que vão
    recebendo dos pais, e também da sociedade, doseando a
    vida real com esses entretenimentos.
    Para tudo na vida o importante é que haja equilíbrio em tudo
    o que se faz.
    Abraço
    Olinda.

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  16. Rapaz! Esse tema realmente mexe com todo mundo. Sou a favor de um pouco de tudo, assim passa o tempo e ainda se aprende. É formidável quando os eletrônicos, as redes sociais e o que mais aparecer não tira o prazer de pais e mães, filhos, tios, primos e amigos se divertirem juntos. Sem isolamento ou fuga. Abraço

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  17. Edu,
    Nunca gostei de jogos, nem eletronicos,
    nem de cartas ou de tabuleiros.
    Mas com lider de jovens eu praticava
    e já casada pq casamos jovens,
    promoviamos em casa, noitadas de jogos
    de tabuleiros como o Banco Imobiliário,
    Wor, Batalha Naval e outros. Mais tarde
    já com Filhos, os jogos eram os eletronicos.
    Tanto eu como o meu par, jogávamos com
    a Turma e com os Filhos. O tempo passou,
    o jovens se tornaram adultos, deixei
    a liderança, mas nossos Filhos sempre
    tiveram liberdade de jogarem e nunca
    precisamos estipular horarios ou regras.
    Aqui em casa as coisas sempre tiveram
    e ainda tem seu lugar. Eu como não
    jogava nada por gosto, adoro não
    ter mais que jogar nem com as netas.
    O Pai delas e o Tio e Tia jogam.
    E não. Não concordo que jogos de tabuleiros
    ou eletrônicos fazem mal, pelo contrário,
    eles estimulam o celebro tanto nas crianças,
    quanto nos jovens, ou nos adultos e muito mais
    agora na 3a idade.Nos eletrônicos arrisco PacMen,
    gosto de sinuca .Agora mesmo, estou tentando
    aprender Xadrez, acho estimulante, por enquanto
    no celular porque não tenho tabuleiro, mas aceito
    um de presente.
    Li essa publicação assim que entrou, mas
    estava muito atrasada com minha leitura,
    então deixei pra hoje.
    Obrigada por escrever sobre este assunto
    e como meus filhos, o seu nunca esquerá
    que das muitas coisas que fizeram e fazem
    juntos, jogar é uma delas. Meus filhos ainda
    hoje, zoam encarnando no pai deles, que era só
    pegar o controle que ele começava a se coçar
    desesperadamente.
    Bjins&Abraço
    CatiahôAlc.

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