O apito do guarda
A buzina do caminhão
O freio do carro
O alarido do trovão.
O chiado da panela
A voz do tagarela
O solo da guitarra
O cantarolar da cigarra.
O falatório do auditório
A criança que esperneia
A furadeira do vizinho
A turba que barafusteia.
O trote do cavalo, o maquinário do trem, o carro de som, a batedeira na cozinha, a descarga da motocicleta, a buzina do chacrinha.
Sclash Plact Fum
Ploft kabum kabum
Zum zum zum
Piiiii Piiiii
Ruaaaaaaa
Tim Tim Tim...
Fom Fom Fommm
zinindo zunindo o som
Som que
Desce
Desce
Desce...
Então Sobe...
Sobe
Sobe
Onde desliga o mundo?
Me diga, Raimundo
Me diga, Patrícia
Me diga, Felícia
Me diga, Aurora
Me diga, Florêncio
Por favor, aqui e agora
Me diga como eu faço
Para aumentar o silêncio?
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imagem gerada pela IA Ideogram
Adorei!
ResponderExcluirO mundo anda barulhento mesmo. Por isso, tomara consigamos dentro de nós um cantinho de paz! abração, chica
A imagem tb ficou tri!
ResponderExcluirMas bah!! Pois está aí tudo o que me enlouquece, latido de cachorro que não cala, também me atrapalha, e berreiro de criança quando quer sorvete, ou chora a mil pelo que não conseguiu, esperneando! Mas muito, também, são as motos com escapamento aberto, gerando o insuportável. Também as buzinadas altíssimas! No meu antigo prédio, havia um vizinho treinando a voz de Barítono às 7:00 hs da matina, ou era ele ou o velho galo da casa do vizinho a despertar a vizinhança.
ResponderExcluirA vida está barulhenta demais, paz, só na nossa casa!
Mas "Euduaudo", você veio de poeta? Colocou aqui um lado seu que eu não conhecia!
Aplaudo, ficou um gostinho de quero mais. rsss
Deixo votos de uma ótima continuação de boa semana.
Grande abraço.
Oi, Taís. Vez em quando eu dou para escrever uns versinhos de intrometido que sou. Cantor barítono às 7....olha...rs
ExcluirGostei do seu texto. Já tivemos uma televisão em cada quarto da casa. Hoje só temos no nosso quarto, ligada enquanto tiver alguém no quarto e uma, acredite, em cima da geladeira no espaço os onde os alimentos são preparados (uma espécie de copa-cozinha). Quando minha mulher chega a televisão é imediatamente ligada, ela diz que precisa ouvir gente falando. Quando ela sai eu desligo, para poder lavar as vasilhas em silêncio.
ResponderExcluirEu pensei nesse barulho nosso de cada dia e como nós nos acostumamos a ele. O silêncio às vezes "nos dói" os ouvidos! Pensei também no silêncio mais simbólico, o silêncio da alma, que precisa muitas vezes aquietar-se e ouvir o silêncio.
ExcluirOlá Eduardo!
ResponderExcluirVocê é altamente criativo! O poema está absolutamente sensacional.
A mim levou-me a refletir imenso, o mundo em que vivemos...
Abraços e desejos de um bom resto de semana! 👏😊
Valeu, Olavo. Sim, as reflexões são muitas que eu mesmo fiz quando pensei nesse tema.
ExcluirÉ mesmo, Eduardo.
ResponderExcluirO mundo não pára. É barulho para aqui, barulho
para acolá...
Por vezes, é tanto barulho que deixamos de ouvi-lo.
Gostei muito do poema.
Abraço
Olinda
Bom dia, Eduardo
ResponderExcluirLindo poema, muito criativo. O mundo anda muito agitado, o silêncio é preciso, faz um bem enorme, obrigada pelas felicitações, um forte abraço.