ACHEI esse continho nos meus rascunhos. Escrevi quando estourou a onda bebê reborn mas não publiquei. Depois publiquei um outro texto sobre o tema e deixei este esquecido. Mas agora a onda parece que passou, ninguém fala mais! Na verdade as esquisitices vão se impondo. A onda agora é adultos que chupam chupeta para amenizar o estresse. Não viram não? Eu até já comprei a minha.
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MARIA TEREZA estava exultante! Seu bebê reborn fazia 4 anos e ela, ansiosa, planejava ir ao Educandário São Francisco de Assis matriculá-lo na pré-escola. Educação é muito importante desde cedo, dizia Maria Tereza a Custódia Valentina, mãe também de três crianças reborns. Custódia concordava, mas ponderou que a educação das suas três crianças era feita em casa mesmo. Maria Tereza questionou a importância da interação social das crianças reborns; elas precisavam conviver com outras crianças da mesma idade, participar das festas da escola, dos passeios, das feiras culturais...Custódia Valentina ponderou que seus filhos tinham interação com outros da vizinhança. Maria Tereza questionou se esse jeito de educação Homeschool, não era coisa da direita. Era preciso vigilância extrema para não repetir padrões fascistas. Custódia Valentina refutou, indo à estante e retirando do meio de outros livros, o Manifesto Comunista para provar à amiga de que era comprometida com a causa operária, dos pretos, pobres, elegebetês, feministas e demais minorias oprimidas. Mal entendido resolvido, Maria Tereza absolveu a amiga mas no outro dia, arrumou Caetano, seu filho reborn, explicando-lhe que era hora de matriculá-lo em uma escola. O Educandário São Francisco de Assis era a melhor escola da redondeza. Ela não esperava que Caetano, um menino tão tranquilo até então, fechasse a carinha plastificada, se jogasse no chão, e esperneando, começasse a gritar: "Eu não preciso ir pra escola, eu não preciso, eu não preciso, eu SOU REBORN, EU SOU REBORN, MÃÊÊÊÊEEEEE..."
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Prometo não voltar ao assunto.
Da chupeta, talvez. A minha tem gostinho de morango do amor.
Muito bom! O engraçado é que as drogas alucinógenas não são permitidas. Talvez, quem sabe, os bebês reborn sejam limpos com uma solução de santo daime. Assim, as mamães extremosas poderiam lamber o reborn, ficando mucho locas. Agora, esse lance de chupeta é demais. Estou pensando em um monte de sacanagens, mas não quero contaminar seu blog.
ResponderExcluirnem me fale...me contive para não me exceder no humor tóxico.
ExcluirSempre seguindo você!
ResponderExcluirE agora lembro que no nosso blog HUMOR EM TEXTOS, fizemos o esforço possivel para caracterizar aqueles que esqueceram quem trocou-lhes as fraldas na tenra idade.
Reconheço que o tema não tem lá os melhores odores.
Confira e um abração carioca.
Muito bom seu conto. Você escreve super bem, embora tenha cara de IA, pois o "taiming" inteiro é de IA", mas eu acho que o senhor não seria capaz de fazer isso conosco: arrumar um texto de IA e dizer que achou em seus rascunhos. Não o Eduardo gente boa que eu acho que você é. Isso não é uma crítica. Eu gostei, independente do que seja, tem seu mérito.
ResponderExcluirEu já me convenci de que tudo isso está sendo usado como cortina de fumaça. Não digo que foi criado com essa intenção. Não acho. Mas procuram coisas assim e dão uma carga extrema a ela, e depois vem a próxima, a próxima... Assim, ninguém tem que dar satisfações sobre a quantas anda o desmonte do poder paralelo.
"Poder paralelo? Do que está falando? Algum filme da Marvel ou da DC?"
Um abraço, meu caro. Boa semana.
A IA não seria capaz de escrever como eu escrevo...
ExcluirOlha, Edu... Alguns colegas meus pagam IA, em torno de 100 reais por mês, e te digo uma coisa: ela consegue escrever melhor do que todos nós. Neste exato momento, sentenças, pareceres, laudos médicos etc., estão sendo gerados por IA. E ninguém percebe. Muito livro à venda foi escrito por IA, também. Ilustradores tb estão usando IA e só dando retoques para "apagar os vestígios". Eu tb subestimava a IA. Hj, não mais. Imagine a próxima "geração", que ainda não está à venda ao público...
ExcluirHomeschooling foi um sonho lúcido da direita frouxa brasileira... Achei curioso enquanto durou.
ResponderExcluirConto-pílula divertido.
Abraços
Noooooooooossa, nem me fala! Cada idiotice que aparece como onda, novidade... AFFF...
ResponderExcluirAcho simplesmente ridículo ,falei!!!
abração praiano, chica
Vou aproveitar o comentário do Fabiano para fala de texto criado por uma IA. Eu me recuso a "assinar" um texto gerado assim, pois não sou eu que estou ali. Os textos de uma IA podem ser mais bem escritos, certinhos mas não têm os erros e o "cheiro" de gente de verdade. Os textos criados pela IA são muito pasteurizadinhos, muito certinhos. Talvez você não tenha lido o comentário que fiz no post "Um conto triste". Eu passei o roteiro e uma descrição mais sombria e trágica para o ChatGPT porque não estava me sentindo bem em trabalhar um texto baseado em fatos reais. Pedi um conto e saiu aquilo que foi publicado. O ChatGPT cortou as partes mais trágicas. Publiquei como "autor desconhecido", pois não era eu que estava ali. O seu texto tem a sua cara, o seu estilo, a sua pegada, não é um texto "reborn".
ResponderExcluirPor favor, não se ofenda, eu não estou colocando em tom de ofensa, pelo amor de Deus, não se ofenda. Vamos lá:
ExcluirQual o problema em falar a verdade, ou seja, explicar, lá, exatamente o que revelou aqui? Gente, vocês estão numa paranoia que não leva a nada. Eu acho engraçado. Deveria? Não sei. Mas eu dou risada. O que é que tem você ter explicado, lá, o que explicou aqui? Não iria desmerecer em nada seu texto. Mesmo se atribuísse os diretos à IA (que não faz questão, pois ela trabalhou para você, sob seu comando, sua direção), de qualquer forma em quê você seria desmerecido? Eu não entendo porque tanto fervor em cima disso. "Ah, não fui eu que escrevi", e daí? Você deu as coordenadas, igual o diretor de um filme, uma novela, uma séríe. E aí?
Enquanto vocês ficam se noiando por causa de textos que sequer entraram numa ABL da vida, os demais que lidam com a escrita em seus trabalhos estão utilizando IAs sem culpa nenhuma. E não estou nem aí, desde que façam o texto correto e bem feito. O que manda é o conteúdo, meu querido. Entre um autor que escreve coisas que não me agradam e uma IA que sabe o que eu quero ler, eu fico com a IA. AH, AH! O que eu quero é a diversão. Pouco importa a autoria.
Você, Jotabê, a essa altura da sua vida, deveria mais era querer criar umas histórias bem sinistras ou divertidas com o auxilio da IA. Seria top e você iria gostar.
Os profisisonais estão usando e estão cagando e andando para vocês. E vocês, em vez de aproveitarem por diversão, ficam nesse moralismo que não leva a nada. Para você, Jotabê, um homem feito, inteligente, esperto e cheio de experiência de uma vida inteira que teve, causa-me estranheza você se ocupar mais com o preocupação moralista do que em se deleitar nessa diversão. Imagine você dirigir alguém para escrever seus próprios enredos para você, e de graça. Meu querido, eu no seu lugar, perceberia que certas preocupações não me cabem mais.
Um abraço, mais uma vez peço que não se ofenda. Não escrevi para ofender.
Eu realmente me ponho no seu lugar e, se eu chegar lá, nao vou me apegar a essas coisas, não. Não mesmo! Querido, divirta-se mais! A diversão tá aí, é de graça.!Ah, Ah!
ExcluirBom falar de novo com você! Essa minha preocupação pode ser frescura, mas eu sempre fui fresco. E eu fiz o comentário lá no Blogson, mas revelava coisas tão tristes que decidi apagar. Essa história triste e real teria incluido violência sexual contra a própria filha. E a IA resolveu não incluir. Até hoje ainda penso se isso realmente aconteceu. Mas voltando à autoria, li em algum lugar que o gênio Steve Jobs teria se apropriado de ideias de seus subordinados sem dar a eles os créditos a que teriam direito. Eu não sou assim. É rui, mal escrito, sem graça? OK, mas é meu.
Excluir"Eu não sou assim", talvez a Apple não seria o que é hoje sem esses FDP, ou você acha que uma big tech se fez apenas com bons exemplos? E todo mundo usa, e quem não usa gostaria de usar. Lembre-se que há muito suor e sangue inocente em algumas joias adoradas por todos. Você não é um empresário como Jobs (embora deve ser um tesão no "job"), por isso pode escolher usar por diversão. Mas a escolha é sua. Usufruir da tecnologia ou inventar motivos para ter dor de consciência. Eu acho que você está deixando de se divertir com algo que pode lhe ser muito prazeroso, mas é meu dever respeitar.
ExcluirE eu estou lá. Você não visita meu blog porque não quer. E tudo bem. Um abraço, querido.
ExcluirOlá Eduardo Medeiros.
ResponderExcluirEu chego a conclusão que nem terapia resolve, é caso de internação mesmo. O que faz a carência. Achei que os bebês tinham sido apenas uma febre, agora me surge as chupetas. Meus filhos usaram chupetas, muito pouco, pois depois delas, veio a conta para o dentista.
Gostei do seu texto.
Tranquila seja a sua semana.
Abraço!
Olá, amiga Edu.
ResponderExcluirMuito interessante esta tua crónica.
Acho que também vou comprar uma chupeta. Ando com vontade de chuchar...RSSSS
Abraço de amizade, e boa semana!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Eduardo do céu! Onde você viu isso da chupeta?? Eu infelizmente sou uma pessoa cronicamente online e não vi essa peripécia. Obrigada por compartilhar... eu acho kkkk, vendo essas coisas, percebo que não estou tão louca assim e sigo me surpreendendo com a quimera do capitalismo.
ResponderExcluirGarota do 330
Eduardo,
ResponderExcluirri 🤭 sozinha lendo esse “continhos” esquecido e ainda bem que o achou! É incrível como certas modas surgem, arrebatam multidões e depois desaparecem, como ondas que vêm e voltam. No fundo, elas dizem muito mais sobre nós, adultos, do que sobre qualquer criança
(de verdade ou de plástico). Seu texto é uma caricatura deliciosa desse nosso tempo: a pressa em escolarizar até o que não respira, o medo de parecer “fora da causa”, a disputa de narrativas políticas até nas brincadeiras. E, no meio disso, Caetano, o reborn, teve a reação mais lúcida de todos: afinal, se ele é reborn, pra quê escola? Risos...
Quanto à chupeta… bem, confesso que fiquei curiosa.
Fernanda!
Olá, Eduardo!
ResponderExcluirNão troco meu chá de melissa por chupeta de jeito nenhum, afinal não quero fica bicuda, kkk.
Cada louco com sua mania, já dizia minha avó.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos de paz