Em 2010*, o físico teórico Stephen Hawking lançou um livro em parceria com Leonard Mlodinow que suscitou polêmicas por muitos acharem que ele estaria tentando provar a inexistência de Deus com base em argumentos científicos. O livro diz que agora a física pode explicar de onde surgiu o Universo e por que as leis da natureza são o que são. Diz que o Universo surgiu do “nada” como resultado da força da gravidade e as leis da natureza são um acidente desta parcela do Universo que habitamos. Diz Hawking que “É possível responder a essas questões exclusivamente dentro do domínio da ciência e sem invocar qualquer seres divinos”.
Teólogos não gostaram do que leram pelo fato de que a existência de um criador está fora do domínio da ciência. O reverendo Robert E. Barron, professor de teologia da Universidade of. St. Mary of the Lake, ressaltou que o livro era filosoficamente ingênuo, pois a existência das leis que deram origem ao Universo devem ser anteriores ao Big Bang. Declarou também que “As leis da gravidade parecem ser algo diferente de 'nada'".
O assunto ganhou a mídia, os blogues e os tuites. Os autores reagiram dizendo que nunca pretenderam alegar que a ciência houvesse provado que Deus não existe. Hawking declarou no programa Larry King Live, da CNN que “Deus pode existir, mas a ciência pode explicar o Universo sem a necessidade de um criador”. Mlodinow disse também que “nem ao menos dizemos que provamos que Deus não criou o Universo”. Segundo ele, no que diz respeito às leis da física, alguns podem preferir chamá-las de Deus. “Se acreditam que Deus é a personificação da teoria quântica, tudo bem”.
A explicação científica da origem do Universo pode não ser tão completa quanto a apresentada por Hawking. Ela está baseada na teoria das cordas e em uma versão dela ainda mais misteriosa - e não testada – chamada teoria-M. O cosmólogo brasileiro Marcelo Gleiser declarou que “As teorias que Hawking e Mlodinow utilizam para embasar seus argumentos têm tanta evidência empírica quanto Deus”.
Gleiser lembrou que não temos instrumentos capazes de mensurar toda a Natureza, e portanto, não podemos nunca estar certos de temos uma teoria final.
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* Scientific American Brasil, Dezembro de 2010
Esse tema bem polêmico! Física e teologia...Questionamentos... Fico com Deus ! Abraços,chica
ResponderExcluirOlá grande Eduardo!
ResponderExcluirÉ um tema que dá pano para mangas! Na minha modesta opinião, nunca conseguiremos provar nada de nada. Então o melhor é viver a vida com honestidade e bondade. O resto acaba por pouco me interessar 😊
Um forte abraço! 😄
Eduardo, um texto provocante e muito bem colocado! A tentativa de explicar o Universo sem Deus pode parecer ousada, mas esbarra numa questão essencial: por que existe algo, e não o nada? Como dizia Leibniz, essa é a pergunta fundamental da filosofia e a ciência, por mais brilhante que seja, ainda não tem resposta para ela. Substituir Deus pelas leis da física é apenas mudar de linguagem, não de mistério. No fundo, toda teoria última carrega um ato de fé, seja ela religiosa ou científica. E entre tantos ‘nadas’ que se proclamam como tudo, eu fico com Deus Pai o Ser necessário que dá razão a todos os outros.
ResponderExcluirAbraço!
Assunto polêmico a ser tratado. Eu acredito na existência de Deus e pronto. Muitas coisas só existem por conta de um criador.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
“Deus existe? Não queremos, nem devemos prová-lo, tentá-lo parecer-nos-ia como negá-lo loucura”. Eu era adolescente quando ouvi esta sentença proferida pelo meu professor de história. Foi dele que ouvi também o significado da palavra Mesopotâmia (terra entre rios) . Recuperadas das minhas gavetas, deixo-as para não entrar no mérito do que se discute ou se analisa aqui. Aliás, poderia recorrer às Meditações filosóficas de Descartes, mas seria uma tese... Fiquemos por aqui.
ResponderExcluirUm abraço, Eduardo!
Esta briga entre a ciência e a religião, ou teólogos, é antiga e vai longe! E até hoje o mistério continua. Eu acredito em Deus.
ResponderExcluirBoa semana! (●ˇ∀ˇ●)
Uma briga que não deveria existir se cada um ficasse em seu próprio espaço de investigação, não é?
ExcluirA esposa do Stephen Hawkins era cristã e ele tornou-se ateu. E esse foi o motivo alegado para que se separassem. Em algum momento ele teria dito que se Deus existe Ele não teria muito o que fazer depois do Big Bang.
ResponderExcluirJá a cantora Joyce cantou uma vez que “O que dá maior satisfação É a cabeça da gente, A plenitude da mente, A claridade da razão. E o resto nunca se espera, O resto é próxima esfera, O resto é outra encarnação”.
Às vezes eu ainda fico pensando em explicações para essas questões, mesmo sabendo que nunca as encontrarei. Quando eu à missa dominical eu pedia que Deus que aumentasse a minha fé. E quanto mais eu pedia, mais ela diminuía. Hoje eu tenho sincera inveja dos que creem, justamente por terem Alguém a quem recorrer quando a vida está angustiante e ameaçadora.
Andar com fé eu vô que a fé não costuma faiá...olê lê olá lá...
ExcluirÉ sempre um assunto controverso e há opiniões para todos os gostos.
ResponderExcluirIndependentemente disso, ele tinha direito à sua opinião. Ok, quem não concordasse, mas de certeza que muitos os que o acompanhavam, concordaram e está tudo bem.
Cláudia - eutambemtenhoumblog
Um post bem interessante e bom para se fazer uma reflexão. Meus parabéns.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Eu cresci no meio da religião católica e no judaísmo. Depois tive amigos ateus e agnósticos. Sua postagem é uma boa reflexão, e o importante é o respeito pelas crenças de cada individuo.
ResponderExcluirFeliz dia.
Mas bah!! Essa é uma pergunta muito difícil, dúvidas e reflexões que jamais irão terminar! E aí, nesse ponto entra uma palavrinha que responde a todos: FÉ!
ResponderExcluirNão vamos nunca chegar a um denominador comum. Onde há Fé, existe Deus e o assunto está encerrado, onde não há, entra a Ciência com todas as suas teorias que não esclarecem muito.
Muitos gostariam de ter uma grande Fé, os médicos em geral dizem que "estes", vivem mais felizes, suportam melhor os lados obscuros da vida e aguentam muito melhor as doenças. São mais fortes... Eu não tenho dúvidas disso. Vi meu pai nos seus últimos dias, na sua última hora. Cresci numa família muito católica, estudei em colégios de freiras etc. Mas não me atrevo a nada, porque começam e não terminam as indagações dos dois lados, umas procedem, outras não, segundo minha visão. Eu prefiro ir levando a vida e observando. Pego tudo que me cai nas mãos, também já li bastante sobre isso, e o início de tudo, até hoje, nada e nada... A coisa fica complicada, também, sobre o Big Bang, a tal explosão de uma esfera incandescente, ao resfriar originou o nosso universo. Não consigo entender, de onde saiu essa esfera? Pois é, uma coisa puxa a outra e dá uma lambança. Há um princípio, e aí está a 'coisa' toda. "Nada desvendado".
Esse é um assunto que seguirá enquanto houver vida, pois temos e teremos de um lado as pessoas de fé e do outro os agnósticos. Acho que a mente humana não alcançará uma resposta definitiva.
É o que toquei no meu post sobre os "Dogmas da Igreja".
Uma boa semana!
É verdade que as pessoas que possuem uma fé religiosa ou até mesmo aquela fé do otimista, consegue enfrentar problemas na vida de forma mais plena e consciente, também já li sobre o assunto.
ExcluirQuanto a Deus, é isso como você disse: se tem fé, Deus existe, se não, não.
Eu já acreditei piamente na existência do Deus cristão mas hoje tenho muitas dificuldades quanto a ele. Mas não descarto que haja um iniciador de tudo, seja Deus , seja uma outra coisa.
Olá, amigo Edu, eis aí dois assuntos que me deixam atrapalhado:
ResponderExcluira Ciência e a Divindade. Acho mesmo que fui criado fora do berço
pois entendo pouco de uma coisa e de outra. Lembro-me muito bem desse cientista famoso que, em que pese sua doença, manteve clara a sua genialidade.
Muito boa postagem!
Uma boa semana, com muita paz.
Um abraço