RIR É O MELHOR REMÉDIO. Já ouviu essa frase, certamente. Mas como rir se tudo vai mal? E como rir com o país do jeito que está? Como rir se o salário acaba bem antes do mês acabar? Como rir se não vejo graça em nada? Mas a questão é essa. Se rir é remédio, deve ele ser tomado na hora da doença. Na hora da dor, da desesperança. Não se trata de negar a realidade, se trata de construir uma nova realidade apesar da realidade imediata. Sorria mesmo sem vontade. Ouça uma boa piada, veja um filme de comédia. Use de artifícios para que o riso venha. Mas sorria. Aliás, não, vá além: Gargalhe. Nada fica igual depois de uma boa gargalhada.
O PROFESSOR CLÓVIS DE BARROS conta de uma frase que seu pai sempre lhe dizia: VAI PRA FRENTE, GAROTO, PRÁ TRÁS NEM PRA PEGAR IMPULSO!!!
Meu pai também me deixou frases marcantes. A melhor delas era "FAÇA O QUE EU DIGO, NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO".
EU TIVE UM CACHORRO lá pelos anos 1973 que se chamava TANG. Em 1976 lançaram por aqui o refresco em pó TANG. Eu dizia pra minha mãe que o refresco roubou na cara dura o nome do meu cachorro.
DÉCADAS DEPOIS, tínhamos um cachorro chamado BOB. Bob era estressado. Tinha ido lá pra casa sobre protestos do meu pai levado filhote pela minha irmã. Meu pai nunca engoliu o Bob. Quando minha mãe estava em estágio avançado de alzheimer, Bob mordia minha mãe sempre que ela tocava nele. Meu pai indignado levou o Bob para uma praça distante e largou o Bob por lá.
NOS ANOS 90, eu e uns amigos, gostávamos de ficar altas horas na rua batendo papo. gostávamos também de ir jogar conversa fora em algum McDonald's, mas quando a grana estava curta, íamos ao McSkina. Não conhece? Era uma kombi que vendia um sanduba muito bom e que ficava na esquina da igreja.
ESTOU LENDO TRÊS LIVROS. O Fã Clube, de Irwing Wallace, um livro que eu li algumas páginas quando eu tinha uns 19 anos mas achei chato e larguei. Outro dia vi um exemplar em uma feira de livros no calçadão do meu bairro e comprei. É a história de um grupo de amigos fascinados pelo maior símbolo sexual do cinema.
LEIO o rascunho da nova história que o Eduardinho escreveu e que ele diz que será o primeiro de uma série que ele escreverá em formato pocket. Claro que é de fantasia juvenil, sobre uma menina que faz um pacto animal e se transforma numa perigosa tigresa, sobre deuses que criam mundos só pra sua diversão, sobre um país onde todo mundo tem algum tipo de poder e outras coisas fantasiosas saídas da sua cabecinha imaginativa.
LEIO A Biblioteca de Paris, de Janet Skeslien Charles. O livro é sobre como uma biblioteca internacional em Paris é afetada pela chegada dos alemães durante a Segunda Guerra.
Escrevendo sobre o incêndio que teve aqui em casa, lembrei-me de um pequeno livro que li de um filósofo que dizia "se minha casa pegasse fogo, eu salvaria o fogo". UMA FRASE PRÁ LÁ DE PORRETA! (porreta, no linguajar baiano quer dizer "legal", "bacana", "Da Hora"). Evidente que é uma metáfora. Pegou a ideia? Não deixe seu fogo, aquele fogo que esquenta a vida se apagar.
E MORREU AOS 87 ANOS A DEUSA CLAUDIA CARDINALE.
A atriz, nascida na Tunísia e símbolo da era dourada do cinema europeu, brilhou em clássicos como 'O Leopardo', 'Fellini 8 e meio' e 'Era uma Vez no Oeste'.
MAS AS DEUSAS NUNCA MORREM DE VERDADE.
É isso aí. Poucas e Boas volta em breve com mais notinhas indispensáveis que você não poderia deixar de LER.
Eu estou bem e vou continuar. Eu sempre digo que engenheiro faz qualquer merda para ganhar dinheiro. E a melhor prova disso é o cara que ao ficar sem emprego lá na década de 1980 abriu uma lanchonete a que deu o nome O engenheiro que virou suco”. No seu caso, foi o cachorro que virou suco. Gostei muito das notinhas.
ResponderExcluirDivertido post e alguns tópicos engraçados, outros reais. Cachorros sempre são bons motivos pra rir !
ResponderExcluirQue bom Eduardinho interessado em escrever seu primeiro livro.
E a Cardinalli encantou muitos e era linda mesmo e ótima atriz!
abraços praianos, chica
Uai Dudualdo!
ResponderExcluirFicou parecendo um telejornal bloguístico.
Ainda mais depois da notícia da Cardinalle.
Essas pequenas lembranças que a gente tem são engraçadas né? De vez em quando a gente lembra e nem sabe porquê.
Fiquei com dó do Bob, tadinho.
Agora... Como o Tang era bom, quando ele apareceu né?
Depois que quiseram "melhorar" essas guloseimas que fazem mal pra saúde, eles estragaram seus gostos.
Chocolate não tem mais o mesmo gosto. Lunguiça calabresa não tem mais o mesmo gosto. Dadinho, (lembra?), esses dias comi um e hoje tem mais gosto de mannteiga do que de amendoim.
O mundo está ficando chato e sem gosto.
Um abraço meu amigo.
Grande Eduardo,
ResponderExcluirE de leveza que o mundo precisa, ele está muito pesado, e a sua crônica dá sua contribuição para manter a chama lá no alto: rir é o melhor remédio, Eduardo adverte, risos.
Brincadeira à parte, escrever com leveza é uma virtude. Rir é o melhor remédio remonta às culturas antigas e faz bem à saúde emocional e física.
Gostei da história de Tang. O de lá de casa se chamava link quando não se sonhava com as interligações mundiais. A madre acertou na mosca e Link morreu atropelado na porta de casa ao fugir atrás de uma donzela da mesma rua em que ele morava.
Um grande abraço,
Já movi tudo o que valia a pena do ano de 2014 (trabalho insano!)
ResponderExcluirLa risa es la mejor terapia que puede a ver.
ResponderExcluirYa me enteré que murió Claudia Cardinale, una buena actriz. QED.
Un abrazo.
Parece mais uma publicação do Jotabê.
ResponderExcluirEu tanto que quase voltei pra cama, acometido de um súbita depressão.
Qual "pouca e boa" te deprimiu? O Bob ser largado na praça...?
ExcluirOlá Eduardo Medeiros.
ResponderExcluirÉ, temos que rir, sorrir, mesmo que a vontade é de gritar e chorar.
Sorrir é o melhor remédio.
Ocupar a mente com coisas boas, mesmo que seja fantasia.
É isso...
Bom final de semana pra você e família.
Gratidão pelas palavras e visita no meu espaço.
Abraço!
Boa noite de sábado, Eduardo!
ResponderExcluirParabéns ao filhão! Filho de peixe, peixinho é.
Acabei de ler Dois Irmãos do Milton Hatoum e hoje, ganhei: Os manacás estão floridos.
A Cardinali era da era das tias, famosa a artista.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos
Boa ideia, tenho uma revista comprada no ano passado -coletânea da revista Mad- em inglês, tenho que ler devagar, rs, rs. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirOi Edu, tudo bem?
ResponderExcluirOlha, se tem uma coisa que eu sinto falta na minha vida é de gargalhar até perder o fôlego. Bom demais a sensação de que vai morrer de tanto rir por ser incapaz de parar pra respirar. É tanta realidade cruel, tanta dor da qual não há como fugir (e nem quero abandonar pessoas de quem gosto porque estão doentes), que preciso me lembrar o tempo todo de procurar algo leve para relaxar um pouco.
Tenha uma boa semana!
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
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ResponderExcluirEdu,
ResponderExcluirEu amo quando temos a condição
de variar nossas publicações.
Adorei mais essa sua pois tudo que
ns remete a nossas boas memórias
eu aprecio e ponho fé.
Anotei a sua 2a dica de leitura, já
a 1a, eu amo ler Irving Wallace, tenho
vários livos dele tabt fisico quanto
ebooks. Deixo aqui uma dica pra
Vc e seus leitores, O Todo Poderoso
que é pra mim é fantástico!
Quanto a estar lendo algo de seu filho,
logo serei eu a ler s produção da minha
neta Ana de 15 anos, que sexta feira
última participou de seu 1º Sarau e
estreou com poesia autoral, igualzinho
Vó dela, só que eu tinha 17 anos, ou
seja ela está mais adiantada na vida que eu.
E sabe Edu, temos nosso espaços
para publicar assim, ou seja
o que desejarmos. E quanto a
Rir, sim esse é mesmo o melhor
remédio, mas rir d enós
mesmos é um lavar a alma.
Bjins de ótimo domingo.de primavera
CatiahôAlc.
Olha que boa coincidência! Tem uma turma adolescente boa em escrever chegando por aí.
ExcluirLegal essas suas lembranças Eduardo.
ResponderExcluirVezes por outra lembro de coisas de minha vida também e converso um "meu irmão maravilha".
Chamo ele assim porque ele é alegre sempre e adora um Supermercado.
Em criança, também não tive cachorro, mas queria.
Gatos, que tenho agora, nem lembro se existiam (porque não aparecem nas minhas lembranças).
Abraço,
Acho melhor arrumar um gato laranja, ao invés de um cão com nome de suco de laranja em pó. rsrsrsrs
ResponderExcluirNova tirinha publicada. 😺
Abraços 🐾 Garfield Tirinhas Oficial.
Gostei muito destas histórias com muito espírito de humor. Rir é mesmo o melhor remédio, mesmo quando rimos da própria desgraça.
ResponderExcluirUma boa semana, meu Amigo Eduardo.
Um beijo.
Um post com assuntos variados, mas que gostei.
ResponderExcluirRir é muito bom, mesmo para os que têm tudo para serem infelizes.
Boa semana.
Um abraço.
Aguardando o próximo poucas e boas. Gostei muito do quadro, pois trás uma série de notas bem interessantes.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Obrigada, Eduardo. Sim, são "memes" o que postei lá.
ResponderExcluirSó lembrei, muito depois que já tinha publicado.
Esqueci de dizer na sua postagem que tenho o livro "O Fã Clube" e não li.
Ele entrou numa fila que tem sido furada todos instante.
Aliás é a única fila que eu furo. Infelizmente.
Boa semana, Liliane
Bom dia, Eduardo, falarei pouco, mas rir tornou-se algo impossível, pois sempre estive só, agora rio muito com as novelas turcas. Ficou show sua crônica. Lembra da gatinha tricolor, publicada aos domingos? Pois bem, a dona da postagem contou isso! " Lúcia Silva Poetisa do Sertão deixou um novo comentário na sua postagem "Uma imagem, uma trova 32 ":
ResponderExcluirLinda e encantadora a sua participação! Um pouco da história dessa gatinha: Essa gatinha é comunitária, pois era criada na mercearia de seu Luiz, infelizmente, ele cegou e os filhos tiveram que fechar o comércio. A gatinha, Luizinha, não quis ficar com ninguém, até tentaram, mas ela fugia de casa e não se acostumou. Então, todos da rua dão comida, água e muito carinho. Toda vida quando chego do trabalho, principalmente a noite, ela vem correndo me receber, dou carinho, chamo ela, mas a danadinha vai cheirar o carro e depois se manda para o seu local de dormir, que é na casa vizinha a minha. Agora sim, sabemos da história dela! Eu gostei e você? Abração!
uma gata comunitária, aí sim. Aqui perto de casa também tem uns gatos comunitários, mas quem é o responsável é meu vizinho, ele que dá razão para eles.
ExcluirQuerido Eduardo,
ResponderExcluirque passeio delicioso pelo riso, pela memória e pelas histórias que se entrelaçam no fio da vida. Você escreve como quem abre gavetas de uma casa antiga: em cada uma, há um objeto inesperado, um cachorro com nome de refresco, um sanduíche de esquina que supera McDonald’s, um pai com frases definitivas, livros que retornam com outros olhos, e até o fogo que, metáfora viva, insiste em não se deixar salvar mas sim, ser lembrado como chama que aquece a alma.
Gostei especialmente dessa costura entre o riso e o fogo. Gargalhar, como você sugere, é um modo de acender brasas no peito quando a realidade tenta soprar cinzas. E salvar o fogo esse fogo simbólico é nunca permitir que a vida seja apenas sobrevivência, mas sempre criação.
Seu texto me lembrou que rir também é um ato de resistência, uma forma de dizer ao mundo: ainda estou aqui, ainda tenho fogo, ainda tenho voz.
Fernanda
Abraço 🤗
Olá Eduardo,
ResponderExcluirConcordo, que rir é o melhor remédio. As vezes um pequeno sorriso
abre portas que as vezes estão ate trancadas.
Gostei da historia dos cachorrinhos. Tenho 2. Os dois foram abandonados
e sofreram maus tratos. Um fez 11 anos ontem, e a outra fez 4. eles tem um amor puro e agradecido.
Enfim... com tantas novidades por aqui, já levo algumas informações.
feliz dias.
Poxa Edu, eu fiquei triste com a partida da Claudia Cardinale. Quem assistiu dezenas de vezes "Era um Vez no Oeste", era só escutar a música tema do Ennio Morricone que já se acabava de chorar... :( UMA OBRA PRIMA!!
ResponderExcluirPois é amigo, assim fica difícil ser feliz, tirar umas gargalhadas. Mas a esperança é a última que morre.
E por falar em esperança o Eduardinho está se transformando em um grande escritor hem amigo? Que legal, como é bom incentivar a leitura precoce desde a infância. Agora você e ele estão colhendo os frutos. Ele vai se sair muito bem nas provas futuras. Tem a vida inteira para aperfeiçoar seu talento!!
Grata pro dividir conosco situações da vida que são inspiradoras!!
Tenha uma semana maravilhosa!! :)))))
que texto ótimo....adorei, realmente faz com que reflitamos sobre tantas coisas....abraços!
ResponderExcluirE agora partiu Berta Loran, a mulher pioneira do humor nacional.
ResponderExcluirNem sempre se consegue rir... mas é uma maneira de espantar os fantasmas... O problema terá que ser resolvido, mas todos precisamos de um momento...E porque não rir?
ResponderExcluirCrónica interessante...
Beijos e abraços
Marta