quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Eu Dormi Na Praça Por Causa do ET e Porque Não fui Pra Igreja

 





É, O TÍTULO é grande e exagerado.


O ano era 1982. Local: Vila Velha, Escola de Aprendizes Marinheiro do Espírito Santo (EAMES). Turma Bravo Uno. Doze meses de curso que pareceram levar doze anos para acabar.

Esperávamos ansiosos o final de semana depois de uma rotina exaustiva de acordar às cinco da matina para fazer ginástica, muitas vezes correndo pelas ruas desertas de Vila Velha, algumas vezes subindo o longo trajeto que ia dar no Convento da Penha (não espalha, mas eu dava um jeito de me esconder e evitar a exaustiva subida). Às seis tomar banho e formar para o café. Às sete  estar em sala de aula até o meio-dia para então, formar para o almoço e ter um pequeno descanso de uma hora até as atividades da tarde, que poderiam ser aulas de ordem unida (marchar por umas 3 horas), faxina pela escola, atividades em grupos especiais, aulas de tiro, aulas de natação, etc. Às cinco,  banho para a janta e estudo obrigatório das oito às nove; uma pequena ceia e depois  às nove e meia,  soninho da beleza para no  outro dia começar tudo de novo. Isso sem falar na escala 2 x 1 do plantão.

                                                    

O final de semana era nosso escape dessa rotina. A glória era ter todo o fim de semana de folga por não estar de serviço(plantão) nem sábado nem domingo, pois se estivesse, não se podia sair. Ficar na escola vazia num final de semana só para tirar serviço era deprimente. Tudo bem, tínhamos um psiquiatra de plantão.

Antes de eu fazer concurso para a EAMES, eu fazia parte do grupo de jovem de uma igreja. Tocava guitarra. Fazia retiros. Cantava em coral. Lá na escola também tínhamos um grupo de evangélicos que se reunia no tempinho entra a janta e o estudo obrigatório. Naquele sábado tínhamos combinado ir a um culto em uma igreja batista. Um bom programa para um jovem evangélico - certamente não faltaria na tal igreja, meninas bonitas e dispostas a confraternizar com uns marinheiros (já que na escola só convivíamos com homens 24 horas por dia). E quando eu digo "confraternizar", é confraternizar mesmo, não pensem em safadezas! Quem queria safadeza ia à uma boate onde havia mulheres disposta a uma confraternização, digamos, mais íntima, pelo justo valor. 

Acontece que nos cinemas tinha estreado com imenso sucesso naquele ano, o filme do ET, e eu tinha lido uma reportagem  em uma revista sobre o simpático visitante de outro planeta e fiquei com muita vontade de ir assistir. 

Naqueles tempos não era de bom alvitre jovens evangélicos irem à cinemas. Um amigo não evangélico porém,  me convidou para ir assistir ao filme. No mesmo sábado em que eu tinha combinado ir à tal igreja batista!

Parecia que um diabinho e um anjinho, um em cada lado da orelha, tentavam me convencer a ir a um lugar ou ao outro. Resolvi dar ouvidos ao diabinho. Afinal de contas, que mal teria? 

Saíamos da escola fardados e tínhamos que trocar de roupa em algum lugar. O lugar escolhido por grande parte dos alunos era o Bar do Abreu que ficava estrategicamente perto da escola. Era andar alguns minutos e podíamos trocar de roupas em um quarto nos fundos do bar que o Abreu tinha reservado exatamente para os alunos - em troca de um valor módico. 

 Deixávamos nossas bolsas com nosso uniforme lá no quarto do Bar do Abreu e cada um tomava seu rumo ao encontro do esperado final de semana. 

Tocamos para o cinema. Fiquei deslumbrado com o filme. Adorei tudo, aquilo era uma aventura muito divertida para mim aos 18 anos, viciado que eu era na Sessão da Tarde da Globo.

Terminado o filme, saímos do cinema e fomos passear por Vila Velha. Fomos lanchar, conversamos bastante sobre o filme e...esquecemos das horas...e esquecemos que o Bar do Abreu fechava às onze. Lembrei da música de Adoniran...Não podíamos perder aquele trem!  

E sim, como convém às suas expectativas, caro leitor, quando chegamos, o bar já estava fechado. Com nossos uniformes dentro! Voltar para a escola com roupas civis seria uma falta muito grave. 

Meio desolados, ficamos caminhando á esmo pelas ruas de Vila Velha. Eu, pensando porque não tinha dado ouvidos ao anjinho. 

Mas dos males, o menor, já que nem eu nem meu amigo estávamos de plantão no domingo, logo, não precisaríamos voltar para a escola, então o jeito era dormir na rua mesmo. Um quarto de pensão até que cairia bem, mas não conhecíamos nenhuma pensão e mesmo assim, nosso dinheiro tinha acabado.

Meu amigo, então, revestido de um espírito aventureiro, sugeriu dormirmos nos bancos de uma praça. A noite não estava tão fria, o céu estava limpo com estrelas na vitrine.

Dormimos. Acordamos com o sol batendo na nossa cara, com dores nas costas e algumas pessoas nos encarando. "Só podem ser da escola da Marinha", ouvi alguém dizer.

Não gostei daquela observação, afinal de contas, não éramos vagabundos, não éramos delinquentes, nem mesmo éramos carentes por dormir na praça pensando nela...

Se alguém habitou nossos pensamentos naquele noite, sem dúvida, foi  o Abreu com seu bar que fechava tão cedo.




EAMES 

EAMES

CONVENTO DA PENHA







       Algumas fotinhas do meu tempo por lá


34 comentários:

  1. Adorei te ler, as fotos e acho que valeu a pena essa dormida na praça pois o ET foi um filme muito legal e bonitinho! O resto vem depois, né?rs E teve muita bronca???

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  2. Que legal Dudualdo.
    Já fiz umas proezas dessas.
    Dormi no jardim de uma loja uma vez. Eu e um amigo.
    Acordamos umas 4 horas e "recobrados", fomos embora.
    Que loucura!
    Outra vez foi numa calçada. Estavamo indo embora a pé, de uma festa. Começou a chover muito e nós paramos debaixo de um toldo bem grande e acabamos dormindo.
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    Cada uma.
    Vou te falar viu... Você não engana ninguém, falando que a socialização das crentinhas era de leve.
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    Um abraço!

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    1. rapaz, conta isso com detalhes lá no bobagens, adoro ouvir essas histórias pessoais.

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  3. Adorei ler e conhecer um pouco mais! Lembro-me de ser pequena e ver o ET mas na televisão!

    A tua opinião é muito importante, por isso gostava de pedir 3 minutos do teu tempo, para responderes ao questionário de consulta e satisfação sobre o meu blog. É muito simples, basta clicares aqui.
    Obrigada!

    Bjxxx,
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  4. Olá grande Eduardo! Tudo bem? É pá... Ler-te é uma coisa maravilhosa. É espetacular a quantidade de histórias incríveis que tens para contar! Esta foi mais uma delas! Realmente o bar fechava muito cedo... ahahaha. Forte abraço! 🤗

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  5. Querido Eduardo,

    Tua crônica é uma delícia de ler leve, bem-humorada e cheia de verdade. Ao relembrar 1982 e a rotina exaustiva na Escola de Aprendizes Marinheiros, tu mostras, com ironia e afeto, o contraste entre a rigidez militar e a alma livre de um jovem de 18 anos.
    O dilema entre ir ao culto ou ver E.T. é o coração do texto simples, mas simbólico. Representa aquele momento em que a curiosidade vence a obediência e a vida começa a ensinar fora das regras. O episódio no Bar do Abreu é o toque perfeito de humor e destino: o lugar que guardava os uniformes e acabou guardando uma boa história. Dormir na praça, envergonhado e rindo de si mesmo, é o desfecho que transforma um pequeno erro em lembrança inesquecível. Tua crônica tem o dom de fazer quem aqui passa sorrir e se reconhecer porque, no fundo, todos já tivemos um “Bar do Abreu” na vida.🙃

    Com carinho,
    Fernanda

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    1. Fernanda, sempre com comentários analíticos perfeitos, coisas que nem eu mesmo vejo no meu texto...rs

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  6. Pelo filme do ET no cinema, deve ter valido a pena dormir na praça pensando no Abreu.

    A rotina militar deve ser muito difícil. Eu não entendo pq tanto rigor.

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  7. hahahaha, eu adorei ler essa tua crônica da juventude, bem ela!
    Quem não fez coisas engraçadas e fugindo um pouco da rígida educação dos colégios
    daquele tempo? Tempos saudosos, aquela de 'matar as aulas', era moda!
    Pelo que vi era colégio o dia todo! Lembro disso para alguns, principalmente nesses casos
    da Escola da Marinha! Era ótimo!
    Bons tempos aqueles, heim Edu?
    Uma boa continuação de semana, com muita paz e muitas lembranças,
    hahahahaha.
    Abraços.

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  8. Eu literalmente dormi na rua em duas ocasiões: acompanhado de uma menina em uma das ruas de Ouro Preto durante um festival de inverno, e na areia de uma praia em Guarapari, morto de medo da maré subir muito e me pegar. E só um comentário sobre a rígida disciplina militar: eu não suportaria formar tantas vezes por dia em uma época em que eu estava justamente me "desenformando", saindo da forma repressora em que fui educado. Ótima crônica.

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    1. é só uma questão de adaptação e vontade pela carreira.

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    2. Essa vontade nunca existiu para mim, um anarquista mudo e tetraplégico (isto é só uma metáfora). Eu sempre me vi como no poema do astronauta no planeta deserto. Curiosamente (já contei isso no blog), tive um tio que nunca completou o serviço militar obrigatório. Depois de ser preso várias vezes por ir dormir em casa quando estava escalado como sentinela, um dia foi dormir e nunca mais voltou. Imagina a vida que levou. Fugiu da escola, fugiu do exército, fugiu da temperança, fugiu de tudo o que o restringia. Terminou a vida como mecânico (sem carteira de identidade, de trabalho nem de motorista).

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    3. teu tio realmente foi um "marginal" (viveu à margem) mas isso é romantismo que até da boas histórias mas são inviáveis na maioria das vezes na vida ordinária. Eu tinha um espírito assim, meio livre quando jovem mas havia muitas restrições sociais no meio em que eu vivia e eu optei pelo caminho mais fácil. Eu tinha que seguir uma carreira para pagar os futuros boletos. Não lembro de ter querido ser outra coisa a não ser militar, creio que o exemplo do meu pai era muito forte em mim. Mesmo porque, a vida militar te proporciona algumas boas aventuras. Tudo claro, dentro da ordem e da disciplina.

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    4. talvez você goste ler mais sobre esse tio "outsider". Ele era uma figura! ttps://blogsoncrusoe.blogspot.com/2016/04/os-filhos-de-francisco-e-julieta-04.html

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  9. Edu, um post em que eu literalmente me senti em casa...rsrs
    Capixaba da Gema quando vê o Convento da Penha se derrete toda...E me derreti com a sua belíssima crônica, o aprendizado e a disciplina que você herdou ao estudar na Escola de Aprendizes Marinheiros aqui no meu lindo Espírito Santo. Foi um ano de sacrifícios mas certamente valeu a pena! Veja quantas histórias você tem para contar aliando o cinema da época com uma série de fatos muito atípicos que lhe renderam memórias para a vida inteira! Eu adorei ler tudo isso e o fiz com um grandíssimo sorriso, pois o imaginei na praça acordando com o raiar do sol e os capixabas ( alguns são antipáticos por opção, dizem inclusive de forma maldosa que não toleramos receber visitas e nem dar bom dia...hahaha, mas é intriga da oposição)

    As fotos ficaram excelentes, como é bom poder relembrar momentos grandiosos como esse, foram grandes porque você os vivenciou na flor da idade, jovenzinho, cheio de esperança e de vida!!
    Ainda bem que voltei aqui para lhe agradecer a indicação da Fernanda e vi esse artigo espetacular!
    Valeu amigo, e agora, quando você retornar à Vila Velha e Vitória verá que a cidade cresceu, está diferente. Agora temos o parque da Prainha, um lugar aprazível até para dormir na praça sob o brilho do luar!
    Beijos e um ótimo final de semana! :))))

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  10. O título me levou à HQ "Quando meu pai se encontrou com o et fazia um dia quente", de Lourenço Mutarelli. Abraços

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  11. Oi Edu! Que estória essa, em? Nunca dormi na rua e nunca vi este filme, ainda está em tempo de corrigir isso, ver o filme, não dormir na rua. Minha família era evangélica e sim, ir ao cinema era pecado e passar batom também. Uma vez tomei kisuco de uva, aquele sucos que vinham em pó com corante para diluir em água, aí uma menina da igreja disse que eu tinha passado batom cor de uva, pode isso? Não conheço Vila Velha, espero um dia ir lá. Ah sim, um dia eu desejei ser militar da marinha, quase me inscrevi para fazer o concurso pra ser oficial, desistí porque não sabia nadar, eu amo água mas tenho medo dela também, vai entender... Mas na verdade, eu acho que previ que a vida seria dura e preferi uma vida mais confortável, não me arrependo. Beijos nas bochechas! :)

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  12. Um tempo bom, Edu são lembranças que conta-se com orgulho tanto do que foi bom como não tão.!
    É a melhor época dos 'oito aos dezoito' como dizem ... também passei boa temporada fazendo curso intensivo tipo escola -internato feminino e, aos vinte anos é a liberdade que toda menina quer. Rendem boas histórias_ gostei da façanha de dormir no banco da praça . E o clássico E,T vi muitas vezes, lindo e emocionante. Deixo abraços pra você ,Edu desejo boa semana.
    _ deixei um retorno sobre a plantinha que dorme _ esqueci que podia falar aqui _vais ter que voltar rsrs

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  13. Olá Eduardo, adorei o texto, me remeteu à boas lembranças...o filme, mas, principalmente a música... um "hino" pra todo paulistano...e como paulistana que sou, posso te falar que já passei por várias situações que essa música me veio à cabeça, abçs e bom final de semana!

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  14. Memórias meu caro, nos são essenciais, ainda mais se aliadas as imagens tão originais. Abraço

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  15. Hi, very nice blog, I am new here. I follow you 72, maybe follow back?

    https://fashionrecommendationss.blogspot.com/

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  16. Oi Edu, adorei o retorno da sua plantinha e aumentei a prosa.
    'agora-faz-favor' de voltar rsrs
    ( enquanto isso, brincamos né ? )

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  17. Edu,
    Depois de ler tudinho, fiquei
    pensando em qual praça foi?
    Será que foi a Praça Duque de Caxias?
    Ali bem centro de Vila Velha?
    Porque se fosse hoje vcs estariam
    perdidos, porque essa paça, foi
    reformada e toda cercada, para
    preservação, uma vez que dentro
    dela ficam: A Biblioteca Púbica que
    e o Teatro da Cidade, ambos de um
    formato diferenciado na estrutura.
    Essa aventuras da juventude são
    sensacionais: quando narradas depois.
    Na hora é sempre uma tragédia!
    Adorei esse resgatem incusive
    com fotos.
    Pergunta que tenho de fazer:
    Que motivo Vcs não pensaram em dormir
    na praia?
    Obrigado por compartilhar.
    Obrigado tambe por citar a mexida
    no layout do Espelhando. Levei
    15 anos sem mexer, por medo de
    perder a caracteristica dele, mas
    entendi que esta está preservada
    por nossas Publicações.
    Bom fim de semana pra vc e
    sua familia, e se cuida!
    Bjins
    CatiahôAlc.

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    1. Não lembro mesmo em que praça foi. Eu sempre mexo no meu blog, canso da mesma cara..

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    2. Edu,
      Eu ainda vou responder a seu comentário
      lá no Blog Espelhando.
      Contudo vim aqui antes para já dizer
      que foi só uma forma de brincar com
      você e que sofre alguém com gastrite por
      exemplo. Nós escrevemos o que nos passa
      na mente e na alma. Tiro por mim que numa
      noite de extrema pressão psicológica, cuidando
      de uma pessoa no auge de uma crise mental
      e psicológica, precisando ficar sentada a noite
      toda no meio da porta do corredor entre sala
      e quartos, para evitar algo trágico, entre a pessoa
      passando por cima de minhas pernas, e alternando
      momentos de histeria com calmaria, eu preicsando fica
      passiva, mas atenta porque a noite tinha que passar
      para agir o tinha de ser agido, eu para me equilibrar
      compus 10 poemas de amor que era uma encomenda para
      para uma Banda. Ficaram lindos os poemas e nada
      do drama que eu passava transpareceu.
      Então Edu, nossas dores não refletem em
      nossos textos, se nós não quisermos que transpareçam.
      Você é um escritor: elouquente, coerente,crítico e atualizado.
      E na verdade eu por exemplo, não tenho vontade de
      escrever quando estou triste. Mas como sou profissional da
      escrita, se tiver que escrever triste, eu escrevo.
      Agora, tamém há terapeutas que passam como extenção
      da terapia, o escrever diariamente para não reter nenhuma
      emoção ou .sensação. Sabe porque amo ler nos Blogs?
      Porque a maioria de nós escreve porque quer escrever e ponto.
      Lê quem desejar ler.
      Bjins

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  18. Poxa, Abreu, por que fechas tão cedo? Hahahahaha...
    Gostei muito da crônica Edu, ainda mais por ser baseada em eventos reais!

    Tenha uma boa semana!

    Helaina (Escritora || Blogueira)
    https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
    https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)

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  19. Abreu podia ter cooperado fechando o bar mais tarde, Edu
    Deliciosa a sua crônica., Edu
    Tenha um abençoado domingo
    Um grande abraço
    Verena

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  20. Independentemente da publicação que vi, li, e elogio, , passo para desejar um domingo feliz e em seu coração exista sempre Paz e Amor, extensivo a toda a sua familia e demais pessoas que residam em seu coração.
    .
    Poema: “ SAUDADE “ .
    .

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  21. Qué historia tan linda, después de todo por ver el film de E.T., je. Dormir en la calle fue una aventura no tan peligrosa, pero la anécdota siempre quedó en la memoria. Bonitas fotos soldado marino. Me encantó leer estos recuerdos tan entrañables. Gracias por compartir.
    Abrazo.
    Hasta pronto.

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  22. Olá, Eduardo, primeiramente, obrigada, pelo comentário sobre o Rubem Alves que me deixou feliz, sabendo que realmente a bolha de sabão mexeu com a alegria da sua infância como magia pura e depois fazer com teu filho, o renovo. Conheci lendo tua crônica um outro Eduardo, aplicado, certinho, mas vez ou outra dando ouvidos ao capetinha (e quem não?) Enquanto eu lia, lembrava das peripécias que meu marido contava quando servia o exército em Brasília, fazia parte do batalhão da guarda presidencial e quando patrulhava, passava pelas casas das "famosas" para comer arroz doce. Anos depois, fomos morar lá, já casados, meu marido trabalhava na Embaixada da Alemanha porque todas as embaixadas foram transferidas para lá. Um tempo de grandes alegrias e início de minha carreira de professora! Alegre semana pata ti! Abraço!

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  23. Bom recordar, não é ?
    Imagino a vossa cara quando perceberam que o bar tinha fechado e que estavam sem uniforme :)
    Gostei desta partilha.
    Que não faltem nunca as boas memórias para abrir o sorriso e aquecer a alma.
    Abraço e brisas doces ***

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Oi. Se leu e gostou,
Obrigado e volte sempre!
Se não gostou, perdoe-me a falta de talento "escriturístico..."